quarta-feira, 4 de julho de 2012

JESHUA - O TERCEIRO CAMINHO


O TERCEIRO CAMINHO
Uma Mensagem de Jeshua 
Canalizada por Pamela Kribbe
em junhode 2012


Querido amigo,

Eu Sou Jeshua, e estou aqui com você.
Através das barreiras do espaço e do tempo, estou aqui ao seu lado; sinta-me em seu coração.

Estou tão familiarizado com a condição humana – com seus altos e baixos. Explorei toda a área dos sentimentos humanos, e dentro desse mundo de extremos, acabei encontrando uma saída; uma passagem para um modo diferente de olhar para as coisas, através do qual toda a experiência de ser um humano se apresenta numa luz diferente – um modo que cria tranquilidade e paz no seu coração.

É sobre esta saída, esta passagem, que eu gostaria de lhe falar hoje. 

É bem provável que você se encontre num dilema, numa luta consigo mesmo. Há uma ideia viva em sua mente que você deveria ser melhor do que é hoje; que deveria ser mais altamente desenvolvido, mais santo, mais capaz de seguir determinadas regras, um ideal mais elevado que tem para si mesmo – mas este é um ideal falso.

Todo trabalho que você vem fazendo em si mesmo está baseado na ideia de que você não é bom do jeito que é; de que você tem o poder de mudar a si próprio; de que você tem controle sobre o fato de ser humano. Esta é uma ideia antiga, que você já vivenciou plenamente numa era muito antiga.

Esta ideia existiu, em parte, na Atlântida, onde você desenvolveu o terceiro olho, e vivenciou-o como o centro de observação da sua cabeça. A partir desse terceiro olho, você podia perceber as coisas, e a partir daí também, você queria intervir para moldar a vida aos seus desejos.

Havia uma certa tendência à dominação em você, mas essa tendência também era inspirada pelo seu conceito de verdade. Você tinha ideia de que agia com base em princípios elevados, então o que você fazia era “bom” – e é assim que sempre acontece.

O poder é sempre velado por ideias que são tidas como boas. Toda uma ideologia, então, é construída em torno de tais ideias, transformando-as numa cosmovisão que dá a impressão de aspirar ao bem, quando, em essência, você está tentando controlar a vida – tanto em si mesmo quanto nos outros.

O poder corrompe – ele o afasta do fluxo natural da vida que está presente em todo ser humano.
O poder lhe dá um conceito de maleabilidade que, de fato, está baseado na ilusão.

A vida, como você a conhece, não é flexível dessa maneira, e não é determinada pela razão, nem pela vontade, nem pelo terceiro olho. A vida não se ajusta a uma cosmovisão nem a um sistema, e  não pode ser organizada com base em processos mentais.

Por um longo tempo, você se manteve numa batalha com a sua humanidade – a sua condição humana.

Muitos caminhos espirituais baseiam-se na ideia de que você deve se trabalhar para se elevar, e que precisa se impor um plano de ação que o conduza a uma situação ideal. Mas isto cria muito conflito interno. Se começar com a ideia de um ideal desejado, você imporá normas a si mesmo que, no fundo, sabe que não vai cumprir – e assim falha logo de saída.

Agora, sinta a energia desse modo de pensar… o que você está fazendo consigo mesmo?

Que energia vem da necessidade de impor, da busca de autoaprimoramento e do desejo de organizar a vida, suas emoções e seus pensamentos?

Sinta a energia de querer controlar as coisas.
É uma energia amorosa?

Geralmente essa energia se apresenta como amor, como o bem e a verdade, mas o poder sempre se oculta desta forma, para que seja mais fácil de as pessoas aceitarem-no. O poder não mostra sua face abertamente; o poder seduz através do pensamento. É por isto que é melhor não pensar nessa questão, mas sentir o que o desejo de controlar a vida está fazendo com você.

Observe a si mesmo na sua vida cotidiana, no presente, na sua vida atual.

Quantas vezes você ainda luta consigo mesmo, condenando o que surge do seu interior, o que brota naturalmente em você e deseja fluir?

Neste estado de julgamento encontra-se uma energia crítica, uma frieza: “isto não pode ser, isto é errado, isto precisa ir embora.” 

Sinta esta energia… ela o ajuda?

Quero levá-lo agora a um modo diferente de olhar para si próprio; um lugar onde a mudança pode ocorrer, mas sem luta, sem exercer uma pressão ditatorial sobre si mesmo. 

Para que isto fique claro, deixe-me dar-lhe um exemplo.

Imagine algo que aconteça na sua vida e lhe desperte um sentimento de raiva ou irritação – seja o que for. Agora, você pode reagir a essa raiva de formas diferentes. Se não estiver acostumado a refletir sobre suas emoções, e suas reações forem muito primárias, então não há nada aí além da raiva – você está com raiva, ponto final.

Você está envolvido nela e se identifica com ela. Nesse caso, geralmente acontece que você põe a culpa da sua raiva do lado de fora de si – você projeta a culpa em outra pessoa. Alguém fez algo de errado e é por culpa dele ou dela que você está com raiva. Esta é a reação mais primária – você está identificado com sua raiva, você está com raiva.

Outra possibilidade é o que eu chamo de segundo modo de reagir.

Você fica com raiva e imediatamente uma voz na sua cabeça lhe diz: “isto não deveria acontecer; isto está errado; não é bom que eu fique com raiva; preciso reprimir isto.”

Pode serque você tenha sido ensinado a reprimir a raiva pela sua educação religiosa ou por uma perspectiva da sociedade. Por exemplo: é melhor, mais bonito, mais moralmente correto não mostrar sua raiva para os outros. Principalmente se você for mulher, não é apropriado expressar sua raiva abertamente – isto não é feminino.

Existem vários tipos de ideias que lhe foram incutidas e que o levam a julgar sua própria raiva.
O que acontece então?

Você sente raiva e imediatamente surge uma opinião a respeito dela: “isto não é permitido, isto é errado.”

Então, sua raiva se transforma no seu lado sombra porque, literalmente, ela não pode vir à Luz – ela não deve ser vista!

O que acontece com a raiva, quando é reprimida deste jeito? Ela não desaparece, ela vai para trás de você para afetá-lo de outros modos; pode, por exemplo, fazer com que você se torne assustado e ansioso. 

Você não pode utilizar o poder que reside na raiva, porque não se permite usá-lo.

Você pode mostrar seu lado doce, agradável, prestativo, mas não esse seu lado exaltado, irritado – seu lado rebelde. E assim, a raiva fica trancada, e você pensa que é diferente das outras pessoas porque tem esses sentimentos, e pode até começar a se afastar dos outros.

Em qualquer caso, isto cria um conflito amargo no seu interior e, aparentemente, entre dois eus – um eu Luz e um eu Sombra. Enquanto isso, você fica preso nesse jogo doloroso, e isto o machuca internamente, porque você não pode se expressar. É este julgamento que o limita.

Você realmente se torna uma pessoa melhor por causa dessa reação?
A repressão das suas próprias emoções vai levá-lo ao ideal de um ser humano pacífico e amoroso?

Quando lhe descrevo tudo isto, você pode ver claramente que este tipo de reação não funciona – ela não conduz à verdadeira paz, ao verdadeiro equilíbrio interior. Entretanto, você faz tudo isto consigo.

Com muita frequência, você silencia suas emoções, porque não são boas de acordo com a moral que você mantém, e você não reflete sobre esses conceitos morais – de onde eles vêm, e quem ou o que os transmitiu a você.

Então, é isto que lhe recomendo que faça: não pense sobre ela, mas sinta-a; sinta essa energia que vive nos julgamentos que você lança sobre si próprio, com suas imagens do que é ideal e do que você “deveria fazer”, que às vezes parecem vir de motivos aparentemente muito elevados – deixe estar. 

Você não se torna iluminado freando suas emoções e suprimindo-as sistematicamente.

Existe um terceiro caminho – um terceiro modo de vivenciar suas próprias emoções humanas. 

O primeiro modo era identificar-se totalmente com sua raiva, como no exemplo anterior.
O segundo modo, era ocultá-la,suprimi-la e condená-la.
O terceiro modo é permiti-la, deixá-la ser e transcendê-la. 
É isto que a consciência faz.

A consciência da qual eu falo não julga – é um estado de ser.
É uma forma de observação que, ao mesmo tempo, é criativa.

Agora, muitas tradições espirituais têm dito: “conscientize-se de si mesmo, isto é o suficiente”.
Mas então, você fica se perguntando, como pode ser isso.

Como pode a simples conscientização de mim dar origem a mudanças no fluxo das minhas emoções?”

É preciso compreender que consciência é algo muito poderoso.
É muito mais do que o registro passivo de uma emoção – consciência é uma força criativa intensa.

Agora imagine de novo que alguma coisa no mundo exterior evoque uma emoção poderosa em você – por exemplo, raiva. Ao lidar com ela conscientemente, você a observa totalmente em si mesmo. Você não faz nada a respeito, enquanto, ao mesmo tempo, continua observando e assistindo. 

Você não se identifica mais com a raiva, você não se perde nela, simplesmente permite que a raiva seja o que é. Este é um estado de desprendimento, mas um desprendimento que exige muita força, porque tudo o que você aprendeu o seduz a se deixar arrastar pelo seu humor para o interior da sua emoção de raiva ou medo. 

E para tornar tudo mais complicado, você também é atraído para o julgamento a respeito dessa raiva ou medo. Então, você é atraído em duas direções e afastado da consciência – da saída da qual eu falei no começo; a saída que é o caminho para a paz interior.

Sua forma habitual de lidar com emoções afasta-o do seu ponto central, por assim dizer… afasta-o daquela consciência. No entanto, esta é a única saída.

A única maneira de não se tornar inconsciente é observar silenciosamente a extensão completa da emoção, mantendo-se, assim, inteiramente presente. 

Você não se deixa envolver – nem pela emoção, nem pelo julgamento da emoção.

Você observa-a em total consciência e com um sentimento de suavidade: “É assim que acontece em mim. Vejo a raiva surgir em mim; sinto-a percorrer meu corpo. Meu estômago reage… ou meu coração. Meus pensamentos estão correndo para justificar minha emoção. Meus pensamentos me dizem que estou certo e não a outra pessoa.”

Tudo isto você pode ver acontecendo enquanto se observa, mas você não vai junto. 
Você não mergulha nisso, não se afoga. 
Isto é consciência – isto é clareza de mente

E, deste modo, você põe para descansar todos os “demônios” da sua vida: o medo, a raiva, a desconfiança.

Você lhes dá força quando se identifica com eles, ou quando os combate com julgamento – das duas formas, você os alimenta. O único modo de transcendê-los é se elevar acima deles, por assim dizer, com a sua consciência – não lutar contra eles, mas simplesmente deixá-los ser o que são.

O que acontece com você então?

A consciência não é algo estático; as coisas não se mantém como são. Você perceberá que, se não alimentar as energias da emoção, ou do seu julgamento a respeito dela, elas se dissiparão gradualmente. Em outras palavras, seu equilíbrio torna-se mais forte; seus sentimentos básicos passam a ser os de paz e de alegria.

Porque, se não há mais batalha no seu coração e na sua alma, a alegria vem borbulhando para cima. Você enxerga a vida com um olhar mais brando. Você vê o movimento das emoções no seu corpo e o observa. E observa também os pensamentos que começam a correr pela sua cabeça, com um olhar suave e brando.

Saiba que a capacidade de observar e não ser engolido é algo muito poderoso e forte. 
Esta é a saída!

Quero lhe pedir agora, neste momento, que experimente o poder da sua própria consciência – o puro ser – e a liberação, através dela, que lhe permite sentir que não há nada que precisa mudar em você.

Sinta a tranquilidade e a claridade desta consciência: isto é o que você realmente é. 

Ponha de lado os falsos julgamentos. Deixe as emoções fluírem e não as reprima – elas fazem parte de você e algumas delas têm uma mensagem. Pergunte a si mesmo se você tem uma emoção que você teme, que o incomoda, que você luta contra ela. Talvez seja uma emoção que tenha se tornado tabu para você. Permita agora que ela venha à tona na forma de uma criança ou animal – para se apresentar, para se mostrar.

Essa criança pode se expressar completamente, ou pode até se comportar mal. O que quer que aconteça, você deve permitir que ela faça o que deseja fazer e lhe diga o que sente. Você é a consciência que observa e diz: “Sim, quero ver você; quero ouvir sua história; expresse-a. Conte-me sua história, porque é a sua verdade. Poderá não ser a Verdade, mas quero ouvir sua história.

Vivencie suas emoções deste modo e não as condene. Deixe que elas falem com você. Trate-as com a brandura de uma pessoa idosa e sábia, e observe o que essa criança ou animal lhe traz. 

Muitas vezes, escondida numa emoção negativa, existe uma força vital pura que deseja emergir, mas que foi sufocada até a morte por todos os preconceitos do julgamento. Deixe a criança ou animal vir pulando em sua direção. Talvez ela mude de aparência agora – receba-a com acolhimento amoroso.

A conscientização transforma – é o principal instrumento de mudança e, ao mesmo tempo, não quer mudar nada.

A conscientização diz, “Sim – sim para o que é!
Ela é receptiva e aceitadora de tudo que está aí, e isto muda tudo, porque ela o liberta.

Você agora está livre – não mais à mercê das suas emoções ou dos seus julgamentos sobre elas. Ao permitir que sejam, elas perdem o controle sobre você. 

É claro que ocasionalmente ainda pode acontecer de você se deixar dominar pelas suas emoções e preconceitos – isto é ser humano. Tente não ficar preso aí e não se castigar por isso: “Ai, eu não alcancei a Consciência Clara – devo estar fazendo alguma coisa errada!” 

Se fizer isto, fará com que a bola do julgamento comece a rolar de novo. 
Você pode voltar sempre para a saída, voltar à paz, não lutando consigo mesmo. 

Observe o que está aí, e não se engane: não ser arrastado para dentro é uma grande força.
Este é o poder da verdadeira espiritualidade.

Verdadeira espiritualidade não é moralidade – é um modo de ser.



© Pamela Kribbe 2012
www.jeshua.net
Tradução de Vera Corrêa 
veracorrea46@ig.com.br

LUZ E CLARIDADE PARA TODOS NÓS!
STELA

2 comentários:

  1. Querida Stela, obrigado por esta postagem maravilhosa. O que aqui está descrito é exatamente o que acontece comigo e penso que com a maioria das pessoas, no entanto quando vivenciamos as nossas emoções negativas como meros observadores, a sua intensidade diminui bastante.
    Quando consigo, “porque nem sempre isso acontece” observar as minhas emoções de raiva ou de medo, eu me sinto meio tola, porque me riu de mim mesma. Aquela energia de raiva ou medo deixa de fazer sentido. Stela lhe desejo muita paz e muito amor do meu coração para o seu coração…

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  2. Já li este post no blog da Athena, e agora releio, e continua totalmente pertinente, salutar, oportuno, pura luz a refundar a paz em meu caminho, obrigado Jeshua, saudações de coração para coração com Stela e a canalizadora Pamela

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