segunda-feira, 5 de maio de 2014

SARAH VARCAS - IDENTIFICANDO FALSOS EUS


IDENTIFICANDO FALSOS EUS
De 14 de Abril a 22 de Setembro de 2014: Plutão Retrógrado em Capricórnio
Sarah Varcas
01/05/2014


Durante toda a intensidade do mês passado, Plutão permaneceu tranquilamente estacionado no 14º grau de Capricórnio, para começar sua atual passagem retrógrada.

A maioria das pessoas conhece Plutão como um planeta de grandes transformações acompanhadas de profundo sofrimento. E com a quadratura com Urano em curso, ele nos lembra que geralmente a mudança à qual mais resistimos é justamente aquela que nos libertaria de maneira mais definitiva!

O problema é que, geralmente, nós não queremos ser realmente libertados, preferindo permanecer em nossa vidinha acolhedora, familiar e limitada, que é previsível e controlável… mesmo quando a previsão é tristeza e o controle é sobre fatores que, em última análise, passaríamos melhor sem eles.

Quando um planeta está retrógrado, ele nos faz olhar para o âmago do nosso ser, para identificar seus componentes e descobrir do que nós realmente somos feitos.

Esta passagem retrógrada de Plutão nos pede que examinemos aquelas experiências e aspectos do eu com os quais nos identificamos mais facilmente mas que, na verdade, são apenas suportes convenientes para uma identidade velha e desgastada.

Em outras palavras, Plutão nos aconselha a identificar nossos falsos eus, criados através de uma adaptação baseada no medo e na necessidade de nos sentirmos seguros em vez de sermos autênticos, pois assim fazendo, poderemos conhecer melhor nosso eu verdadeiro quando ele vier à luz.

O desafio da Cruz Cardinal e dos eclipses que a acompanharam no mês passado nos presenteou com uma escolha difícil: mudar ou mergulhar mais profundamente no atoleiro das emoções, crenças, pensamentos e comportamentos que se tornaram nossos fardos tão familiares.

Muitos se intimidaram com essa escolha ou com as exigências que ela lhes acarretaria.
Não foi um momento fácil, com certeza!

Mas até mesmo o mais ínfimo esforço para nos desapegarmos de um ponto de vista, uma crença ou um comportamento velho e desgastado está agora plantado no solo do nosso futuro e criando raízes, por assim dizer.

As mudanças não precisam ser imensas, nem do tipo que muda a nossa vida num instante.

No mundo moderno, onde comemos “fast-food”, onde a internet nos conecta a todos em tempo real e até o “mercado espiritual” está cheio de exortações voltadas para o enriquecimento rápido e a realização instantânea dos nossos sonhos, é fácil presumirmos que, se não transformarmos nossa vida de um dia para o outro, estaremos perdendo alguma coisa.

Mas isto não é verdade, e nos próximos meses Plutão nos encoraja a reconhecer quão profunda deve ser a transformação para que ocorra uma mudança duradoura e quanto tempo pode ser necessário para que isto aconteça.

Padrões de pensamento e emoção são forças poderosas em nossas vidas.

Quando o presente aciona o passado, somos facilmente apanhados num turbilhão de energia que nos suga para dentro da inconsciência, antes que o percebamos. E como já estivemos lá tantas vezes antes, ele nos parece muito real e verdadeiro: aqui estamos nós de novo naquela mesma velha situação, sentindo as mesmas emoções que nos derrubam justamente no momento em que precisaríamos nos manter resistentes e focados.

Por mais que detestemos isto, também sabemos muito bem que a vida aparentemente nos presenteou com mais uma tigela de limões… e, engraçadamente, até nos sentimos reconfortados por estar acontecendo exatamente como previmos.

E lá vamos nós nos lamentar outra vez por estarmos na mesma situação de novo… e vamos receber mais uma vez a mesma velha compreensão dos amigos… e assim por diante. Apesar disso, durante todo esse tempo, há uma parte nossa que deseja apenas mudar e seguir em frente.

Ou, será que deseja mesmo?

Porque, se realmente desejássemos mudar e seguir adiante, simplesmente deixaríamos de repetir sempre as mesmas velhas coisas. Reagiríamos de modo diferente, não nos deixaríamos ser sugados pelo passado, não correríamos atrás de apoio como já fizemos milhares de vezes antes, nem nos recusaríamos a pedir ajuda quando sabemos que realmente precisamos dela. Em vez disso, buscaríamos uma nova forma de lidar com a situação.

Mas será que é assim que agimos?

Provavelmente pensamos que sim mas, geralmente, não fazemos nada disso. Os seres humanos são criaturas de hábitos, inclusive quando se trata de padrões emocionais. Administrar o aspecto emocional com insight e sabedoria é um dos maiores desafios e conquistas da condição humana.

E é por isto que estamos com sorte de ter Plutão como aliado neste momento, pois ele remove todos os nossos subterfúgios, a fim de revelar a verdadeira questão por trás de todos esses padrões problemáticos: nós nos identificamos com eles e assim temos energia investida neles; portanto, descartá-los seria descartar uma parte de nós mesmos.

E quem, em sã consciência, faria isso?

De fato, precisamos dos nossos problemas para nos dizer quem nós somos. Sem eles, estaríamos perdidos. Eles alimentam nosso ego e, apesar da dor, nos dão uma identidade que podemos usar para percorrer nosso caminho no mundo que nos rodeia.

Você já foi criticado por alguém que lhe é importante?
Dói, não é?

Como você investiu energia na opinião que essa pessoa tem de você, quando essa opinião muda, alguma coisa estremece no seu interior. Compare isto com a crítica de alguém que não tem a menor importância para você – de alguma forma isto não tem a intensidade que havia na situação anterior.

É mais fácil desprezar ou descartar essa crítica, porque a opinião dessa pessoa é totalmente irrelevante para o seu senso de eu.

Nossos problemas são bem parecidos com isso. Podemos ser confrontados com algo que, para uma pessoa pode ser um desafio imenso, enquanto para nós é apenas um pormenor de pouca importância, porque não temos energia investida nesse aspecto da nossa experiência.

Da mesma forma, pode nos ocorrer um pequeno aborrecimento que para muitos seria insignificante, mas que para nós é o fim do mundo, porque tocou um ponto da nossa psique onde investimos energia na crença de que as coisas deveriam ser de outro modo.

Nos próximos meses, Plutão nos revelará os pontos em que transformamos detalhes insignificantes em grandes catástrofes e nos debatemos para tentar desesperadamente retomar o controle.

Felizmente, ele também nos revelará um modo mais sábio de lidar com as coisas, no qual não investimos nossa energia e identidade na dor, mas fazemos escolhas mais apropriadas, que nos elevam acima das preocupações e interesses mesquinhos do ego, e acolhemos a maior das motivações no coração de tudo o que existe: estar plenamente vivo e desperto apesar de qualquer coisa.

Ao fazermos isto, a própria dor poderá começar a se desvanecer e poderemos começar a viver mais livres, mais autênticos e mais… bem… mais vivos do que nunca antes. Sim, isto leva tempo e é um processo, mas a mudança pode ocorrer a qualquer momento, e com Plutão ao nosso lado, todo instante está maduro para transformação, se assim o permitirmos.

Sarah Varcas











Por favor, respeite todos os créditos ao compartilhar.
http://stelalecocq.blogspot.com/2014/05/identificando-falsos-eus-de-14-de-abril.html
Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br
FONTE: http://astro-awakenings.co.uk/14th-april-22nd-september-2014-pluto-retrograde-in-capricorn
© Sarah Varcas. Todos os direitos reservados. É dada permissão para compartilhar livremente este artigo em sua totalidade, desde que seja dado todo crédito ao autor. E que seja citado o site onde este texto é oferecido gratuitamente: www.astro-awakenings.co.uk.
Grata Vera!

LUZ!
STELA

Nenhum comentário:

Postar um comentário