sexta-feira, 27 de novembro de 2015

ANTIGRAVIDADE


ANTIGRAVIDADE
Por Jean Tinder
Editora do Shaumbra Magazine,
Professora do Círculo Carmesim


Recentemente estive envolvida em uma conversa sobre fazer escolhas.

Como exatamente você opta por amar a si mesma? Como você escolhe abundância? Como você escolhe a vida? Isto não é um problema se você já é rico, curte a vida e adora a pessoa no espelho; é fácil "escolher" o que você já tem.

Mas e se você não tem? Como você escolhe a abundância a partir de uma vida inteira de falta? Como escolhe a vida quando você realmente não gosta dela? Como você escolhe o amor próprio quando tudo o que pode ver são falhas? Isso pode ser feito, mas talvez não da maneira que pensávamos.


Há alguns anos eu tive a oportunidade de reinventar uma relação que não tinha ido da maneira que eu queria. Algumas coisas dolorosas tinham acontecido e eu estava desapontada, cautelosa e ainda carregando alguns ressentimentos. Mas a mudança estava no ar e eu me senti em um ponto de escolha: continuo a ficar remoendo o passado ou devo deixá-lo ir e criar algo novo?

Toda tendência no meu eu humano estava me puxando para o passado, para ter certeza que a outra pessoa sabia de todas as maneiras que me machucaram, mantendo minha guarda e me preparando para a próxima decepção. Mas essa tática só estava me mantendo separada do que eu realmente queria, que era um começo totalmente novo. Então eu senti outra parte de mim oferecendo algo novo, uma escolha diferente. Assim, eu respirei bem profundamente e liberei tudo.

A energia mudou imediatamente. Havia ainda uma parte de mim que estava desapontada. Ela temia ser ferida de novo e queria me manter lutando e eu teria de continuar a não escolher isso. Mas também havia algo mais, algo novo. Parecia fresco, um pouco estranho e curiosamente familiar e de repente eu tinha o espaço interior para criar o tipo de relacionamento que eu realmente queria. A programação antiga ainda estava lá, mas agora eu sentia outras opções também.

Por que eu compartilho essa história? Em primeiro lugar, porque o meu eu do antigo relacionamento não queria liberar, nem sabia como liberar, eu aprendi que você não pode fazer uma escolha de algo "novo" a partir do "velho" lugar de ser.

Em outras palavras, se você tentar evocar uma escolha para a vida, a partir do ser humano cansado, não quer realmente vida, vai ser uma escolha falsa. Se você acha que deveria amar a si mesmo, mas faz a escolha da parte que só pode encontrar a falha, isto só se torna mais uma coisa que você não fez da maneira certa.

É por isso que Adamus diz que a iluminação não é para o humano.
Você não pode escolher algo "mais" da consciência de “menos”.

Mas aqui está o que você pode fazer: Em vez de tentar fazer o seu pequeno ser humano querer algo diferente do que o que quer, relaxe um pouquinho e expanda para que você possa sentir o que a outra parte sua quer.

Por exemplo, há uma parte de sua alma que aprecia cada momento da vida em um corpo físico, seja bom ou ruim, difícil ou fácil, rico ou pobre. Se você pode permitir-se sentir esta parte, mesmo que apenas um pouco, a escolha para a vida virá muito mais livremente e será verdadeira. Em outras palavras, permita que a parte de você, que carrega o potencial cumprido, tome a frente e deixe-a fazer a escolha.

Outra razão por eu compartilhar essa história é porque se relaciona com a gravidade sobre a qual o Adamus falou recentemente. Ele explicou que, como o Tempo-Espaço se move através de nós, ele cria uma "gravidade" que mantém pensamentos, crenças e realidade no lugar. Algumas outras palavras que me ajudam a entender essa gravidade são "inércia" e "programação".

Quando algo acontece de certa forma por um tempo - dias, anos, gerações - ele tende a se perpetuar, tornando o amanhã praticamente como ontem. A gravidade da consciência nos mantém repetindo os mesmos velhos padrões e fazendo as mesmas escolhas antigas a partir das mesmas peças antigas do ser.

É o que me fez não querer liberar o passado. É o que nos mantém pensando que o destino, os anjos, Deus, as explosões solares, Mercúrio, o inverno ou o governo ou qualquer outra coisa é nos impor limitações.

Como mudar isso? Como podemos fazer escolhas verdadeiras? Como podemos escapar da gravidade de eras de programação? Liberando, permitindo a mudança e ficando sem poder.

Anos atrás Tobias compartilhou algo que sempre ficou comigo.

Em março de 2006, ele disse: "Você é muito propensa a fazer sempre as mesmas coisas, da mesma forma, todos os dias e nem mesmo estar ciente disso. Todos os dias faça algo de uma forma diferente. Dirija para o trabalho de uma forma diferente. Tome um caminho diferente. Mude sua rotina de manhã. Essa rotina que você tem quando acorda, faça-a um pouco diferente. Mude sua rotina de exercícios ou até mesmo sua dieta. Cada dia escolha algo diferente e faça-o de forma diferente. Isto vai lhe ajudar a entender como você cria as rotinas e os costumes. Essas são também as coisas que estão mantendo-a ligada ao Campo".

Na época, eu me perguntava: "Por que devemos fazer algo diferente apenas para ser diferente?"

Mas agora que Adamus explicou a física, faz todo o sentido. Trata-se de sair da gravidade dos nossos padrões antigos. Se nós estamos nos segurando na maneira que nós sempre fizemos isso, como vai mudar alguma coisa?

Mas se permitirmos que a possibilidade de algo diferente, de novos potenciais de uma parte completamente diferente de si mesmo, então isso se torna uma escolha real, ao invés de o mesmo antigo eu tentando empurrar seu caminho para algo novo.

E é aí que o "sem poder” entra.

Vamos dizer que eu quero escolher abundância. A maneira usual de fazer isso é ver toda a falta na minha vida, se preocupar com isso, entrar em pânico um pouco e decidir que algo tem de mudar. Então eu poderia procurar outro emprego, comprar alguns bilhetes de loteria e começar a economizar e fazer poupança.

O que mais há para fazer quando eu estou preso na gravidade da consciência da falta?

Essa gravidade mantém a situação atual no lugar, por isso é tudo que eu consigo ver. Faz-me trabalhar para resolver o problema de dentro do problema e tentar forçar algo para ser diferente no mesmo nível que foi criado, o que significa que eu estou usando o poder para empurrar a vida. Estou tentando mudar as coisas ao redor para obter um resultado diferente em vez de alterar o programa que o criou em primeiro lugar.

Ou eu poderia abordá-la como um Mestre, observar as minhas escolhas (como evidenciado pela minha situação) e aceitar a responsabilidade absoluta: "Eu criei isto". Eu posso não entender como eu o criei, mas aceitar a responsabilidade me abre para o meu Ser criador, o que sempre tem outras opções, outros potenciais, outras versões de mim.

Então, a questão torna-se, qual a versão de mim mesma eu vou permitir?
E vou permitir as mudanças que vêm com ela?

Esta mudança não é sobre fazer-me ser diferente ou tomar ações diferentes. Isso irá acontecer naturalmente como resultado de uma nova escolha. A mudança que eu estou falando é um sentido completamente diferente de si mesma, permitindo que quase uma versão diferente de mim habite o meu corpo. Ela não aniquila o que está aqui; ao contrário, é o "e" trazendo um eu que já tinha feito a escolha.

É difícil encontrar as palavras certas para explicar isso, mas eu espero que você possa sentir o que estou dizendo. Tem sido uma revelação para mim.

Quando eu permitir que uma nova versão de mim entre, isso muda tudo, ainda que sutilmente em primeiro lugar. Essa nova versão não está presa na gravidade das antigas escolhas. Ela não culpa qualquer coisa ou pessoa - o que só reforçaria a gravidade - mas flutua sem peso acima das questões do "antigo" eu.

Em seguida, "Eu" posso relaxar e saber que uma nova parte de mim, uma parte que já fez a escolha, está surgindo. Tudo o que tenho a fazer é permitir que ela exista na minha realidade. Eu não preciso saber os detalhes, eles vão se entender. Eu só preciso sair dos meus hábitos de pensamento antigos, permitir-lhes a se afastar e ser substituído por algo novo.

Eu não tenho que forçá-lo ou usar o poder sobre o meu ser ou sobre a vida.
Isso só acontece, porque a escolha já foi feita em um nível completamente diferente de mim.
Agora eu posso simplesmente permitir que ela seja.

O brilho do meu ser sem peso (sem gravidade) é como um ímã que atrai os potenciais perfeitos, eu só tenho que dançar com eles.

E sim, a gravidade ainda vai me puxar por um tempo. Vai ser muito fácil de retornar à inércia dos velhos hábitos e na programação pela qual eu tenho operado, por um tempo. Mas se eu mantiver a minha atenção nesta nova parte de mim, muito em breve ela será eu. Não é mais uma "parte", ela simplesmente se torna a minha experiência.

Você pode imaginar todas as formas de aplicar isto?

Se você quiser amar a si mesmo, mas acha difícil de fazê-lo, traga à tona a parte que já ama você.
É bem ali no seu "e", apenas permita-o entrar na sua experiência.

Há uma parte que é já abundante, que já fez a escolha para o que você quer. Permitir que ela venha à tona e depois - muito importante - ignore a tentação gravitacional para escorregar de volta para os velhos caminhos e pensamentos.

Eu acredito que permitir que essas mudanças internas, essas outras versões do nosso ser venham à tona, é o segredo antigravidade para voar livre.

Ah, mais uma coisa. Não "tente" isso e, em seguida, procure provas para ver se "funcionou". Essa ação o faz olhar a partir da perspectiva antiga, o que significa que você ainda está nela. Em vez disso, procure o sentimento daquela nova versão dentro de você. Sinta o ser que já ama a si mesmo, seja abundante, alegre, etc.

Quando você encontrá-lo, a "evidência" não importa e um dia você vai perceber que sempre esteve aí.

Por favor, respeite os créditos ao compartilhar
http://stelalecocq.blogspot.com/2015/11/antigravidade.html
Tradução: Léa Amaral – lea_mga2007@yahoo.com.br
http://www.novasenergias.net/circulocarmesim/shaunews.htm
http://www.novasenergias.net/circulocarmesim

LUZ!
STELA



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