quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A CASA DO EU SOU


A CASA DO EU SOU
Por Jean Tinder
Editora da Shaumbra Magazine,
Professora do Círculo Carmesim
Fevereiro 2016

UMA VISÃO DO OLHO DO INSETO

Aspectos. Facetas. Potenciais. Escolhas. Ações. Reações. Como é que sabemos o que é o quê? Como podemos aplicar estes grandes conceitos "no calor do momento?" Tudo isso pode ser um pouco confuso, especialmente quando a mente começa pensar demais, mas eu tive uma experiência umas duas semanas atrás, a qual levou a uma compreensão muito útil.


Eu estava andando de carro com outra pessoa que, depois de algumas palavras breves, não queria mais falar. As pessoas podem ser assim, especialmente Shaumbra (e particularmente estas) e eu sei que está tudo certo. Mas mesmo assim me irritou.

Eu estava de bom humor e queria conversar e mesmo sabendo que não era sobre mim, o silêncio imediatamente formou uma nuvem escura no meu céu interior. Por que é tão fácil que a escolha de outra pessoa possa estragar meu humor? Conforme a escuridão familiar começou a se instalar, decidi que desta vez seria diferente. É um bom dia e eu NÃO quero estragá-lo só porque alguém não está sentindo vontade de falar! O que fazer? Comecei a fazer perguntas.

Primeira pergunta: Quem exatamente está irritado?

Bem, esta é uma resposta fácil. Meu Ser Mestre não deveria ficar incomodado com essas pequenas queixas, por isso, obviamente, deve ser um aspecto. Às vezes, na hora que eu reconheço um aspecto, há toda uma série de reconhecimento - de onde ele veio,por que está aqui, que presente ele traz, etc. - e com ele uma sensação de alívio, aceitação e percepção. Mas, às vezes, como naquele dia no carro, não há nenhuma história para satisfazer a mente; apenas a reação emocional do aspecto.

O que leva à próxima pergunta: Posso integrar algo sem saber tudo sobre ele?

Outra resposta fácil: Sim, é claro! De fato, a maioria dos aspectos não traz suas histórias de imediato. Eles são desencadeados, suas emoções surgem e então eu tenho a escolha de me apropriar. Neste caso, a minha escolha foi:

1) "Eu estou com raiva e magoada porque ele não fala comigo"; ou
2) "Hum, uma parte de mim está sentindo raiva e mágoa, mas eu escolho outra coisa."

Próxima pergunta: Como eu escolho outra coisa?

(A propósito, eu adoro perguntas! Desde que eu era criança, a curiosidade me levou a questionar tudo e fiquei muito feliz quando Tobias explicou no Descobrindo Sua Paixão como nós, na verdade, criamos a realidade com as nossas perguntas. Oh, e eu também descobri que o "como" é muito mais do que produtivo do que o"por que").

De qualquer forma, uma pergunta sempre traz a sua resposta e com o "Como faço para escolher outra coisa?" de repente eu vi a realidade de uma perspectiva totalmente nova.

Em retrospecto, eu acho que é muito engraçado, em vista da história favorita do Adamus, mas eu estava olhando para a vida de dentro de um cristal. Não qualquer cristal; ele era como um daqueles coletores do sol que você pendura na janela para espalhar o arco-íris por toda a sala.

Cada lado ou faceta do cristal era como uma janela através da qual eu podia ver uma realidade em particular. Todas as facetas têm inúmeras facetas interiores e menores, cada uma com sua própria perspectiva ligeiramente diferente desta realidade.

Então ficou realmente interessante. Notei que algumas das"janelas" estavam turvas ou distorcidas de alguma forma, como se um filtro sujo estivesse parcialmente bloqueando ou distorcendo a vista. Eles eram os aspectos não integrados, colorindo e distorcendo "a realidade" através de qualquer maneira eles estivessem presos.

Por exemplo, através de uma janela em particular pode ser a realidadede expressão desinibida e linda. Mas, colada à janela está uma área cinzenta, na forma de humilhação e vergonha, de modo que sempre que se move em direção à sua livre expressão, é obscurecida pelo constrangimento; e elas se contêm.

Ou talvez através de outra janela, seja uma relação bonita e soberana, mas apenas parcialmente acessível, porque há manchas feias de desconfiança, carência ou dor aplicadas pelos relacionamentos passados.

A boa notícia é que se permitir a sentir e aceitar estas coisas, sem possuí-las como "minhas", permite a alquimia de integração.

Quando eu me aproximo das janelas da minha alma e respiro o sopro de Amor e aceitação,n ão importa o quão feia ou dolorosa a vista pareça ser, de alguma maneira as manchas e distorções começam a se dissolver.

Os pontos de vista nublados de limitação e dor se tornam facetas muito claras da criação. E porque a realidade é o que eu percebo que ela seja, a criação se abre em potencialidades ilimitadas.

De volta ao carro, respirando tudo isso, a questão ainda estava lá: "Como faço para escolher uma experiência diferente agora?"

E instantaneamente meu Eu tinha a resposta: "Basta olhar através de uma janela diferente!"

Oh!! Uma janela diferente!! Ora, isso é simplesmente brilhante! Se  eunão gosto da vista a partir desta janela – seja de um companheiro silencioso, notícias perturbadoras, política ridícula, não ter tempo suficiente, cansaço, doença ou qualquer outra coisa - eu vou apenas olhar através de uma janela diferente!

É para isso que são as facetas; elas fornecem um reflexo ou visão da realidade um pouco diferentes. É com uma olhada para um diamante, você vê que é aí que reside a sua beleza. A vida não foi feita para ser distorcida, nublada ou sem graça, vista apenas através de uma única janela suja. A vida foi feita para brilhar com opções, escolhas, potencialidades e perspectivas.

Sem hesitar, eu fui direto para a minha janela do humor ensolarado.
Ah, muito melhor!

Então, com o dilema resolvido, eu me afastei um pouco para ver o cenário mais amplo. Lá estava eu, no meio da Casa do Eu Sou, rodeada por inúmeras janelas-facetas. Algumas pareciam em vidas passadas, algumas em vidas futuras. Algumas ainda estavam nubladas, muitas eram claras e limpas.

Cada janela estava cheia de facetas menores, cada uma com sua própria perspectiva sobre a cena, cada uma oferecendo o seu próprio bocado de sabedoriapre ciosa. A luz dourada entrava pelas janelas, não vindo de alguma fonte externa, mas que brilhando de dentro para fora, iluminando a criação..., minha criação.

Conforme o meu olhar se desviava de janela em janela, a cena se iluminava e passava a existir ou desaparecia em potencial. Se uma janela mostrava um mundo de sofrimento e dor, eu mudei a minha iluminação, atenção criativa para um mundo em evolução e despertar.

"É realmente assim tão fácil?" - Eu me perguntei.

Voar de janela em janela, observando a criação se iluminar ou desaparecer, a resposta estava lá: "Sim, é assim tão fácil."

De pé, no centro do Eu Sou, a chama da minha Presença refletida em cada faceta, eu vivenciei o "E", uma realidade diferente em cada janela. É tudo real e quando eu não estou obcecada pela distorção de um aspecto, pensando que é a única realidade, ou obcecada com a tentativa de mudar, em vez de aceitá-lo, então eu posso verificar todas as outras perspectivas.

"Ah, isto deve ser o que um inseto vê", eu pensei!

Facetas e mais facetas, todos mostrando versões ligeiramente diferentes da realidade. E se você olhar um pouco mais de perto, em cada janela há fractais de facetas para o infinito. Até onde isto vai? Bem, desde que meu nariz não esteja grudado na sujeira na janela mais próxima, as opções parecem ser ilimitadas.

Através desta grande faceta vejo a Nova Terra; através daquela que eu vejo a minha vida aqui na Velha Terra. Tudo isso é real.

Agora, qual Janela eu escolho hoje?

Por favor, respeite os créditos ao compartilhar
http://stelalecocq.blogspot.com/2016/02/a-casa-do-eu-sou.html
http://www.crimsoncircle.com/newsletters/2016_Newsletters/3d0216/
Tradução: Léa Amaral – email: lea_mga2007@yahoo.com.br

LUZ!
STELA



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