quinta-feira, 6 de setembro de 2018

ANCESTRAIS - EVOLUIR É FAZER DIFERENTE!


ANCESTRAIS - EVOLUIR É FAZER DIFERENTE!
Por Bruna Pinheiro & Camila Chagas
Setembro de 2018

Evoluir é fazer diferente. 
E pra fazer diferente basta que você seja você mesmo.

Antes de ler esses texto, te peço pra assistir um filme muito simples sobre o tema que vamos falar hoje. “A vida é uma festa”. É um desenho muito bem feito e que explica um pouco, de uma forma bem simples, sobre os nossos ancestrais.

Quando entendermos a seriedade da frase “Estamos todos conectados”, mudaremos a nossa forma de pensar, agir; consequentemente mudaremos o nosso mundo, o mundo das pessoas ao nosso redor e até mais além; mudaremos o mundo de nossos ancestrais, antepassados.

Cada atitude nossa influencia o outro, embora muitas vezes, não acreditemos nisso. Sabia que você pode alterar agora o seu passado e o seu futuro? Você tem o poder de mudar padrões antigos em sua família, e com isso ajudá-los; os que estão aqui na terra e os que já não mais então entre nós. E quando essa cura acontece, inicia-se um novo ciclo, com novos padrões, novos aprendizados. Isso liberta todos. Te liberta! E você conquista automaticamente a liberdade emocional.

Não é novidade pra muita gente que a terra é um planeta de aprendizados, uma grande escola; e que nós escolhemos os aprendizados, lições que vamos passar. Decidimos todas as nossas missões, antes mesmo de re-encarnarmos, porque sabemos exatamente do que precisamos para que a nossa alma evolua para uma melhor. A gente escolhe esquecer pra evitar tamanho sofrimento e facilitar o crescimento de nossa alma.

O mundo seria um caos se todos se lembrassem de tudo o que fizeram em outras vidas. Imagine que você tem dificuldade com o seu pai, certo? Imagina então se você se lembrasse que ele pai te matou numa vida passada? Só dificultaria a relação de vocês. Com certeza, num momento de briga, você jogaria na cara, não é mesmo? Fazemos isso por muito menos.

Família é onde mora os nossos maiores aprendizados.
Mas, as nossas lições não estão somente em nossa família.

Toda vez que você se sente incomodado com alguém, ou não consegue lidar com alguma situação; não fuja, pois está aí um desafio, e isso significa que depois que você passar pelo desafio, estará mais forte. Terá evoluído um pouco mais a sua alma. Fique ali consciente, tentando entender o porque aquilo te irrita.

Que parte sua, aquela pessoa esta refletindo? Cada pessoa que a gente encontra é um espelho. As relações existem para nos mostrar coisas ocultas que não sabemos sobre nós, e que precisamos aprimorar. Mas, sem pressa. Tá tudo bem. Tudo em seu tempo.

As vezes, parece tão difícil, eu sei.

Eu sempre me perguntava: “Quando algumas relações em minha vida vão melhorar?”

E não melhoravam. Eu fazia de tudo, me doava ao máximo. Estava sempre presente, sempre que a pessoa precisasse. Eu nunca dizia “não”. Eu fazia tudo por aquelas pessoas que eu tinha dificuldade em lidar; isso para que a convivência melhorasse. O que eu não sabia é que só estava piorando a situação. Eu tava fazendo demais pelos outros, e quase nada por mim.

Eu não perdia nenhum encontro de amigos pois não queria perdê-los. Eu queria pertencer aos grupos. Então, eu precisava estar em todos os lugares. Eu tava tentando resolver o problema de fora pra dentro, quando aconteceu então uma uma reviravolta em minha vida.

Meu pai deu a ideia de eu morar em Uberlândia/ Minas Gerais, porque me ajudaria com o trabalho que eu estava fazendo, e aquilo ficou em minha cabeça. Viemos juntos olhar algumas casas pra alugar, apartamentos, e resumindo: Estou aqui.

Já moro em Minas Gerais faz 3 anos, e foi uma mudança muito difícil na época, pra mim.

Eu era muito apegada em minha família. Amava São Paulo demais, e não podia me imaginar morando longe e perdendo todos os aniversários de família e amigos, enfim. E se eu não conseguisse me virar? Mas a gente sempre pensa no pior, né?

É impressionante como temos medo da mudança, e depois que ela acontece e um tempo passa, a gente olha pra trás e percebe o quanto sofremos a toa. Então senti um “click”, depois que percebi que estava morando longe de tudo e todos, mas que as coisas haviam melhorado pra mim.

No começo, como todo começo, foi mais difícil. Eu sentia uma saudade muito grande, e achava que perderia, em pouco tempo, todas as pessoas. Eu via as fotos no facebook da família reunida, dos amigos, e ficava triste, confesso. Porque simplesmente, eu não estava la.

Mas, quando entendi que a gente não perde o que não tem, e o que é nosso tá guardado, a vida melhorou pra mim. Morar longe de todos esta sendo uma experiência gigante. Uma experiência que eu enxergo como algo mais profundo do que simplesmente morar longe.

Hoje, eu sei quem realmente importa na minha vida. E, quem mais importa é a pessoa que mora dentro de mim. Decidi então que me amaria em primeiro lugar. Cuidaria de mim, e depois pensaria nos outros, claro. Enquanto a gente não se ama, não consegue fazer nada pelo outro, embora a gente se sinta fazendo muito.

O ruim de fazer demais pelos outros quando você não esta inteiro, é que se o outro também não faz o mesmo por você, você fica muito chateado, e ao invés de fazer mais amizades e pertencer aos grupos, você só alimenta mais sentimentos ruins sobre você mesmo, e sobre as pessoas, claro.

O que eu fazia antes era me anular pra agradar o outro.
Mas, quem disse que eu tava mesmo agradando?

Estar presente sempre, não significa estar agradando. E mais; estar presente fisicamente não necessariamente significa estar presente de alma e coração. Hoje, eu envio flores e cestas de café da manhã pra’s pessoas que amo, nos dias de seus aniversários. Faço visitas surpresas, e é emocionante ver a felicidade de quem você ama só por você estar ali.

Quando eu morava perto, recebia visitas de rotina, em dias que as pessoas se sentem obrigadas a irem na sua casa, como por ex no dia de seu aniversario. Nem sempre as pessoas querem estar la, mas estão por obrigação; estão para pertencer.

Hoje, quando as pessoas vem à minha casa, elas ficam mais de dois dias, até por eu estar morando tão longe, e eu consigo curti-las muito mais.

Morar longe é apenas um fato, mas você não precisa disso pra se conhecer, ou pra melhorar a relação com a sua família, com seus amigos; ou pra saber quem é importante realmente em sua vida, e quem não é. Isso, de fato, aconteceu em minha vida, mas só estou usando esse exemplo pra mostrar o quanto a vida nos trás desafios que se repetem; desde os nossos ancestrais. Desafios que são importantes pra nossa alma.

E enquanto agimos das mesmas formas, não mudamos os velhos padrões. A vida nos trás as mesmas lições, até que aprendamos e mudemos os nossos comportamentos; e quando finalmente mudamos as respostas que damos à essas lições que a vida nos traz, aí sim terminamos um ciclo, damos “tchau” ao velho, e “olá” à um novo ciclo e, é aí que libertamos os nossos antepassados, alteramos o nosso passado, e principalmente, reescrevemos o nosso futuro.

Mas, pra que isso aconteça, deixemos de agir pelo outro, e entremos em contato com o que realmente somos.

Pra se conhecer, basta olhar pra dentro, seguir as vontades de seu coração. Dizer “sim” pra você mesmo. E, se pudéssemos só esperar o melhor da vida? Nós podemos. É uma caminhada linda! Basta que você se conheça profundamente, e quando está bem consigo mesmo, você avança. Você começa a conhecer o outro. E assim, a convivência fica muito menos dolorosa.

Às vezes, ainda enfrento relações difíceis? Sim! Elas existem, mas não podem mais me controlar. Aprendi a observar, respirar, e não achar que tudo é comigo. Porque ainda, temos essa mania. Quando você entende que aquele que tenta te diminuir ou te machucar, apenas esta machucado, você simplesmente observa e o perdoa. Você não leva pra casa aquela dor.

Aprendi que aquele “não” que você da à uma pessoa que o ama muito, é um “sim” para você. Às vezes, é difícil, mas como todo músculo precisa de treinamento, dizer “não” será mais fácil com o tempo.

Aprendi que para pertencer aos grupos, aonde quer que você esteja, esteja de coração aberto; e quando estiver longe, saiba que existem também muitas formas criativas de demonstrar o seu amor.

Mas, o mais importante: quando você se amar em primeiro lugar, e tiver respeito por você e por suas vontades/ escolhas, você irá pertencer, mas não somente a um grupo. Você será exemplo para muitos, e todos que te conhecerem vão gostar de estar perto.

Assim, você vai vivendo de coração aberto e criando laços com as pessoas, fazendo amizade com a moça do cafézinho, com o homem do correio, e em qualquer lugar que você estiver, sendo você, sem apego às pessoas e sem o medo de “não pertencer.”

O apego demais e o medo só te afastam das pessoas. Primeiro você precisa ser livre; ser uma laranja inteira. E assim, a vida lhe trará outras laranjas inteiras, livres, que compartilharão de suas vidas com você. Não queira encontrar a sua metade, pois para que isso possa acontecer, você precisará estar também pela metade. A não ser que seja isso o que você queira.

Quando estamos pela metade, encontramos pessoas que estão também como nós, e elas nos atraem. Sabe por que? Porque precisamos delas pra nos sentir inteiras. Mas, quando somos laranjas inteiras, não precisamos mais de ninguém. E quando a gente não precisa de ninguém, estamos abertos a nos doar, e não a sugar do outro. Dessa forma, grandes amizades e relações são construídas.

Seja mais você, mesmo que você se sinta muito diferente dos outros. Se ser você não bastar a alguém, tenha certeza que esse alguém não bastará à você também.

Cuide de você com muito carinho, e fazendo isso, estará limpando todo o carma de sua família, de seus ancestrais; limpando o velho e abrindo espaço para o novo. Você é o novo, e exatamente por isso é tão importante que você se honre em cada detalhe teu.

Muitas vezes, por amor aos nossos pais e ancestrais, repetimos velhos padrões, pra honrá-los mesmo, e isso tudo muitas vezes, é inconsciente dentro de nós, e nos trás dor e dificuldade em nos relacionarmos.

Mas, precisamos brilhar, mesmo que nossos pais e avós não tenham brilhado, ou brilhado demais. O seu brilho, por mais estranho que isso possa parecer, vai libertar todos aqueles que estão presos nos velhos paradigmas do medo, do apego, da insegurança, do ódio, da separação.

Já ouviu falar de Hoponopono? É uma linda oração Havaiana feita por nossos ancestrais, que tem um poder fortíssimo de cura.

Se você acredita em tudo isso que estou falando, vale a pena colocar uma boa musica de meditação e ler esse presente que eles nos deixaram.

Para resolver uma dor, você precisa encontrar a raiz dela. E as nossas raízes estão em nossos pais, nossos avós, nossos bisavós e tataravós.

Por que para quebrar velhos paradigmas precisamos brilhar? Porque somos um novo ser, que nasceu depois deles, com suas diferenças e com talentos para servir a humanidade.

Se você se esconde e não expõe suas opiniões, acaba não trazendo a sua contribuição para o mundo. Se você apenas leva uma vida tradicional, seguindo os ensinamentos de seus pais, da geração em que viveu antes de você, e da sociedade atual, você joga fora a sua contribuição ao mundo, e com isso todos perdem.

Se Thomas Edison tivesse aprendido apenas o que lhe ensinaram, e ficasse por isso mesmo, ele não teria mudado a vida de todos nós. É claro que ele encontrou suas dificuldades, mas ele precisou colocar suas “loucuras” pra fora e com isso ajudou a humanidade. Se Santos Dumont tivesse apenas continuado a sua vida como a sua geração passada vivia, ele não teria se desafiado e criado o avião que mudou a vida de muita gente.

Cada vez que um novo ser nasce, vem com ele oportunidades de evolução.

Não necessariamente você precisará criar algo como eles que mude o futuro da humanidade, mas tenha certeza absoluta que você carrega dentro de si algo importante de que todos nós precisamos; que seja o seu bom humor.

E não importa se o mundo inteiro te conhece ou não. Às vezes a sua missão é com uma pequena comunidade, mas isso não faz a sua missão pior ou melhor. Somos todos um, e tudo importa. Seja você, e brilhe!

Quando a gente brilha? Quando estamos alinhados, felizes, inteiros, sendo nós mesmos. Quando a gente não brilha? Quando estamos pela metade, tentando agradar o outro. Quando estamos tristes, presos no apego, no medo.

Se continuarmos repetindo padrões de nossos ancestrais, vamos trazer mais do mesmo pro nosso mundo, e não conseguiremos evolução. Se HONRARMOS eles, mas em primeiro lugar, nos respeitarmos e seguirmos o nosso coração, conseguiremos trazer o novo e consequentemente, a evolução.

Não precisaria de nós, se estivéssemos aqui apenas para fazermos mais do mesmo, certo? Se estamos aqui, e somos diferentes deles, é porque a evolução está exatamente aí, nesse ponto que você tem medo de mostrar ao mundo.

A chave do seu brilho é ser quem você é; e seguir o seu coração.

Bruna Pinheiro



Nós somos o que escutamos, o que respiramos, o que sonhamos, o que aprendemos, o que acreditamos. Tudo o que sabemos e toda nossa personalidade é formada a partir de estímulos sensoriais, físicos e espirituais.

Desde os impactos que vivenciamos na gravidez de nossas mães, suas alegrias, tranquilidades, medos, são transmitidos ao bebê. Não é a toa que ouvimos frequentemente que mulheres grávidas devem se acalmar, além dos riscos físicos, existem ainda o impacto espiritual no bebê. O que as mamães sentem na gravidez, passa para os pequenos.

Depois, somos influenciados na primeira infância por nossos pais e familiares, com crenças, manias, o melhor que podem nos transmitir para nos fortalecer ao mundo que nos cerca. Quando estamos mais velhos, esse universo se expande, e passamos a ter influência de amigos, professores, colegas de trabalho, e todo ou qualquer ser humano que cruza nosso caminho; basta estarmos abertos. E o mais importante é o que levamos de cada situação, o que assimilamos de todos estes estímulos externos.

Já me notei inúmeras vezes observando pessoas aleatórias, e da mesma forma, já me surpreendi com situações que rejeitei, questionei ou julguei; e tantas outras me surpreenderam. Percebi que mesmo depois de adulta, continuamos aprendendo. Aprendemos com nossos próprios erros, ou ao observar o outro; na dor, ou no amor. As influências e estímulos acontecem o tempo todo, e nos moldam todos os dias, infinitamente, até nosso último dia. Ou ainda, depois dele.

E não estamos falando apenas de estímulos lógicos ou visuais. Existem estímulos e percepções que sentimos. Por exemplo, ao estar num determinado local agradável, nos sentimos bem. O mau estar, ao estarmos desconfortáveis, em alguma outra situação. Sentimos condições de medo, raiva, angústia, que muitas vezes não sabemos o porque. Alguns ambientes que entramos e sentimos carregados; outros, sentimos que tem uma energia ótima.

Todos estes locais que frequentamos, sensações que sentimos, e experiências que absorvemos, geram cargas genéticas que são inseridas em nosso DNA, e quando menos percebermos, estaremos passando essas experiências para nossos filhos. Contribuindo para que toda uma centena de gerações que virão posterior a nós possa aprender com nossos erros e acertos.

Existem condições tão enraizadas em nossas crenças e DNA, vindas de ancestrais tão longínquos, que sequer conseguimos compreender o porque; mas normalmente repetimos e honramos o padrão, como se fossem verdades absolutas para nós.

Toda família tem, por exemplo, o designado “ovelha negra”; o que chega a ser engraçado. Ovelha negra para quem? Sob qual perspectiva aquela criatura deixa de fazer parte do comum, para fazer parte do esquisito ou rejeitado? Simplesmente porque não se enquadra naqueles padrões determinados como certos por aquela família específica?

Já me questionei muito se não são eles, justamente, que vieram para quebrar os padrões, mostrarem àquelas pessoas que o diferente pode funcionar, que podem existir outras alternativas, e até mesmo que o novo pode ser maravilhoso. Por uma outra perspectiva, os “ovelhas negras” podem ser extraordinários. E assim, percebemos que além das influências que recebemos do mundo à nossa volta, podemos gerar nossas próprias interpretações de certo e errado.

Acho interessante perceber que muito do que conhecemos e acreditamos vem de influências tão distantes que sequer podemos compreender. E ainda mais interessante, que em meio a toda família, sempre existem os contra pontos, que são os mais questionadores; sempre tentando nos fazer perceber e nos fazer despertar no espelho de quem somos, através do nosso semelhante.

Às vezes, temos sentimentos e traços de personalidade que não sabemos de onde vem. Percebemos que nos parecemos justamente com aquela pessoa de nossa família que admiramos menos. Por exemplo, você tem um pai agressivo, e ao longo da vida, você se percebe grosseiro, sem entender o porque. Se justamente abomino aquela personalidade em meu pai, por que reproduzo a mesma em mim? Como não fui inteligente o suficiente para aprender com os erros dele?

Parece que nossa mente está programada a errar! Enquanto na verdade, ela está programada a reproduzir os erros de nossos pais, em amor a eles. É como se nosso inconsciente entendesse que “se meu pai é grosseiro, é disso o que ele gosta. Então preciso reproduzir este comportamento em mim, para ser aceito e amado por ele”. E quando vemos, já estamos adultos, precisando aprender na marra, a mudar os padrões, o que é muito mais difícil comparado a quando somos mais jovens e em formação de personalidade.

Quantas famílias que você conhece que acabam repetindo os mesmos padrões geração após geração? Para mim, são quase todas. Mulheres que são casadas com maridos controladores, ou que estão em relações abusivas, e quando percebemos, suas filhas estão seguindo o mesmo caminho, porque suas avós também vêm de um condicionamento parecido.

Homens e mulheres que acreditam que para eles nada dá certo, que tem seus negócios falidos, um após o outro, o que também se reproduz geração após geração. Quantas vezes já ouvi “para nós é mais difícil”, “na nossa família não dá certo”; até aparecer um ovelha negra, que rompa este padrão e consiga numa mudança de mentalidade, enriquecer e ser o salvador da pátria. Fazemos isso em amor e honra aos nossos ancestrais. Porque estamos condicionados mentalmente e espiritualmente a seguir os padrões. Mesmo sem percebermos, na maioria das vezes.

Assisti 2 desenhos animados recentemente, que gostaria de citar e que abordam o tema de forma leve e bem humorada: “A Vida é Uma Festa”, que a Bruna citou em seu texto também; e que aborda justamente o honrar os ancestrais, repetir padrões, e o quanto isso nos limita.

O filme conta a história de um menino que cresce proibido por sua família de seguir seu sonho de ser músico. A família escondia dele o fato de que seu bisavô músico havia abandonado a família para lutar por sua carreira como um cantor famoso. Este fato havia gerado um trauma e repulsa na família, criando uma crença limitante de que a carreira musical afastaria deles, seus entes queridos, e que portanto, era ruim.

Mas ainda assim, o bisneto, sem nada saber, nasce com traços genéticos de facilidade e interesse pela música. E contrariado, segue em busca de respostas que justifiquem seu amor pelo violão. O enredo é divertido, e o desfecho surpreendente. Vale a pena assistir.

Mas apenas para fecharmos o tema, o final resulta em uma série de desencontros, compreensões, e quebra de crenças e limites. A família não tinha sido exatamente abandonada pelo bisavô por conta da música, e no final, o menino segue seu sonho na música, mesmo sem sair de casa; mudando o padrão de toda a família, e trazendo a música e alegria novamente para a vida de todos.

O segundo desenho, que trata a questão de ancestrais, é Moana, de Walt Disney. Já mais conhecido por todos, e com enredo semelhante, da personagem principal seguir, escondida de sua família, em busca de respostas para seu amor pelo mar.

Como ela poderia ter tamanho amor pelo mar, se seus pais diziam com tanta propriedade que o mar é ruim, e perigoso? E mais uma vez, estava no sangue, e no DNA da família de exploradores marítimos, essa paixão pelo oceano.

Temos estes estímulos dentro de nós. Não adianta escondermos de nossos filhos, pois eles irão dar um jeitinho de descobrir por si sós. Os desenhos são metáforas da vida e de questões, muitas vezes, tão enraizadas, que se tornam quase imperceptíveis.

Somos de uma determinada forma, ou reproduzimos determinadas crenças, que nem sequer mais sabemos de onde vêm, em amor e honra a quem veio antes de nós. Vale entendermos, se são elas mesmas que queremos passar adiante aos nossos filhos e netos.

Então, se questione. Ame e honre aqueles que vieram antes de você, mas não repita seus mesmos erros. Aprenda com os erros deles, e se permita evoluir.

Camila Chagas

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Grata Camila e Bruna!

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STELA




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