sexta-feira, 15 de abril de 2011

MATRIX...TEMPO DE DESPERTAR


MATRIX...TEMPO DE DESPERTAR
Por Thais Accioly




Quem não ouviu falar do filme Matrix, onde os seres humanos estão adormecidos, vivendo uma ilusão mental, acreditando que esta é sua vida real, onde crêem estar no comando de suas vidas, enquanto são escravos de uma outra consciência?

Já encontrei pela vida, e também em meu consultório de terapia floral, gente que me lembra - e muito - os humanos adormecidos do filme Matrix, que adormecem suas consciências e levam suas vidas no automático, robotizados, obedecendo aos ditames da mídia; massificados pelos desejos da moda, do desespero e pânico semeados pelos noticiários, dos filmes criadores de heróis violentos, achando que são eles os senhores de suas histórias, enquanto na verdade, simplesmente, repetem um condicionamento manipulador, sem se perguntarem se são o que parecem ser, se gostam do que fazem, se concordam com suas palavras e atitudes, se a escala de valores internos condiz com a realidade de suas realizações...
Sabem pouquíssimo, verdadeiramente, sobre si mesmos.

Vivem no dia-a-dia uma realidade ilusória, acreditando ser uma verdade absoluta.

É alguém que acorda todos os dias, toma seu café da manhã e sai para sua rotina diária sem enxergar o real significado tão especial, mágico ou sagrado de seu cotidiano, da natureza, das pessoas ao seu redor ou de si mesmo, não compreende o sentido verdadeiro da sua vida, nem porquê esta aqui.

Parece que um dos sentidos que lhe permitiriam perceber e sentir o real fruir da vida está embotado ou obstruído.

Segue distraído de si, não notando as conexões entre suas ações e as reações das pessoas, dos acontecimentos, ou de sua saúde e por isso culpa com freqüência os outros por seus fracassos, sofrimentos, decepções, angústias, e ansiedade. Ausenta-se da autoria de sua própria biografia.

Talvez até você que esteja aqui agora comigo, lendo este texto, sinta-se ou já tenha se sentido desta forma, conviva ou já tenha convivido com alguém assim, que olha para a vida sem entender seu porquê, e sem se perguntar sobre sua real razão de existir, que vai simplesmente levando.

O imediatismo, em casos assim, toma conta de seus atos. A pessoa então vive, busca sua felicidade desordenadamente tentando abocanhar a vida com compulsão, num consumismo louco ditado pela mídia e pelas necessidades criadas por ela.

Detesta o silencio, pois teme ter que se deparar com o vazio existencial que o consome, já que não sabe o que fazer com ele. Não é difícil que esteja viciado em adrenalina, na tentativa de suprimir este buraco interior, trabalhando demais, vivendo perigosamente, dirigindo muito rápido, bebendo muito ou se drogando de alguma outra forma. Nas relações afetivas não chega a criar intimidade emocional, costuma consumir as pessoas e descarta-las, com a mesma volúpia com que compra e descarta as coisas.

Por vezes se entristece, ou torna-se frio e distante, pode até ficar agressivo, revoltado, tentando tomar à força aquilo que não entende ou que acha que não pode ter. A inveja aparece, inveja de quem pulsa no ritmo da vida, de quem é diferente de si, de quem é fiel a si mesmo, e de quem tem amor. E o rancor instala-se em sua alma por sua vida não ser tão especial como acredita que deveria ser. Usa às vezes talismãs, amuletos, para com isso criar a ilusão de estar protegido ou de ter algum poder.

Geralmente sente-se esquecido ou abandonado por Deus, pela vida, pelo destino, quando algo não dá certo.

E realmente está esquecido e abandonado, porque abandonou a si mesmo no meio da jornada e esqueceu de quem é e do que veio fazer aqui...

A vida é bem mais que um processo automatizado de reações bioquímicas. A vida humana inicia-se a partir de uma alma divina, que é convidada a vir para cá, para a Terra, aprender sobre si mesma e sobre o amor.

Assim viver verdadeiramente envolve: experienciar, experimentar, sorver, envolver-se, pôr o coração no aqui e agora, com respeito, responsabilidade, assumindo direitos e deveres, com consciência de si e amor, dando espaço para que a alma preencha, anime e inspire a personalidade humana e suas realizações, desenvolvendo sua humanidade.

Despertar, ganhar consciência, encontrar sentido para a própria existência dá trabalho, requer uma certa disciplina, e uma constância em se auto-observar - e à vida - para reconhecer em tudo a beleza, a sabedoria, o divino e o amor que dão sentido ao todo e que são os geradores da felicidade.

Como no filme Matrix há uma luta a ser travada, mas dentro de nós mesmos, contra o comodismo, a dispersão e as ilusões.

Caso tenha de alguma forma se identificado com essa descrição, ainda que em parte, e deseje levar a vida com mais alma e significado algumas dicas:

A princípio é preciso mudar o ritmo, então se anda muito acelerado... como que se estivesse num trem desgovernado... pare... respire... sorvendo devagar cada gole da existência. Se, por outro lado, anda muito devagar... deixando a vida passar por você... imponha-se um novo ritmo mais ágil... sorvendo atentamente cada segundo do seu dia.

Abra-se para observar a vida nos detalhes que lhe dão sentido, como por exemplo:

 Respirando devagar aprecie esta sua capacidade de controlar o fluxo de ar e de vida que entra em seus pulmões. O ar o alimenta com energias poderosas de renovação da vida. O ar é também o sopro divino a alimentar sua chama espiritual.

 Não se impressione tanto com os filmes, comerciais, novelas, notícias... Impressione-se mais com sua própria vida.

 Coma devagar apreciando aquilo que ingere, e sendo grato do grão à mão que o plantou, àquela que o colheu e também à que o serviu à mesa.

 Vá ao encontro das pessoas, e desfrute da companhia delas sem exigências, críticas, medos ou reservas. Olhe-as nos olhos, prestando muita atenção em quem está com você.

 Entregue-se ao amor e ofereça o seu melhor para todos.

 Compre menos.

 Desfrute da natureza e do cosmos. Sinta a brisa, encante-se com as estrelas, aqueça-se ao sol... Acompanhe o desabrochar das flores... Estude o grande livro da vida na natureza, e veja como tudo se encadeia, perfeitamente, numa rede de apoio universal de forma que a existência de uma estrela como o Sol mantém a vida na Terra, assim como as plantas verdes mantêm nosso oxigênio, e nós garantimos o gás carbônico para a subsistência delas.

 Medite sobre Deus, leia, informe-se e reflita sobre a sua origem divina.

 Use essências florais. Acordar a consciência ajudando-a a se expandir e se autoconhecer é uma das curas mais preciosas que advém da Terapia Floral, pois as essências florais aproximam nossas personalidades da alma da natureza nos ajudando a relembrar do divino e do sagrado que há em nós e em tudo que nos cerca. Num estágio profundo de cura através dos florais, passamos a ver, ouvir e perceber com nitidez o que nossa alma nos pede para sermos através de nossas personalidades humanas e de nossos corpos físicos aqui na Terra, em profunda conexão com Deus e com a natureza.

 Olhe para si mesmo, e veja a maravilha da vida a se desdobrar, na renovação diária das células de seu corpo, nos movimentos precisos de seus músculos, no tom de sua voz, na cor de sua pele...Você é o resultado final de suas emoções e pensamentos.

 Olhe para si mesmo, para seus sentimentos, para quem você é... só você pode sentir da forma como sente, pensar seus pensamentos, você é único... então sinta e seja o que você genuinamente é. Seja autêntico, diga sempre a verdade para si, encontrando as reais razões para aquilo que deseja e faz.

 Descubra qual seu dom, aquele que o diferencia e o faz muito especial e necessário para a vida de todos na Terra.

 Decida-se por voltar a estar presente, apesar dos traumas, dores, mágoas, ignorância, tristezas e decepções que o envolvam, assuma responsabilidades por manter-se saudável e feliz.
Já é tempo de recobrar a memória de quem você é: um ser especial, divino, imperecível, viajante do tempo e da vida. Criando experiências que levarão você de volta para si, e através disso para Deus.

O vazio existencial é decorrente de não sabermos quem somos, onde estamos e por que estamos. Preencha-o com informações sobre seu próprio ser. E não se permita mais seguir modismos, ou ter sua energia usada ou sugada pelos outros.

Envolva-se em amor. Dê para si do afeto, da gentileza, da disponibilidade emocional, da tolerância que você ofereceria a alguém muito amado. Mesmo que já tenha muito errado, mesmo que se sinta imperfeito, ou sem saída, envolva-se num abraço de boas vindas, acolha-se. Peça a si mesmo autorização para voltar a sentir, a ver, a ouvir, a perceber o pulsar da vida, o ritmo da vida...

Descubra a felicidade de se sentir livre, pleno, autêntico.

Desperte e entre na festa, ela foi preparada para você.

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"O que é Real? ...
"real" são simplesmente sinais elétricos interpretados pelo cérebro"



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MUITA LUZ!
STELA

quarta-feira, 13 de abril de 2011

ACEITAÇÃO - O INICIO DA TRANSFORMAÇÃO


ACEITAÇÃO
O INICIO DA TRANSFORMAÇÃO
Por Ana Cristina Pereira



A primeira impressão que temos quando ouvimos ou pensamos em aceitar, seja uma pessoa, um fato ou uma circunstância é de que estaremos nos submetendo ou nos subjugando, desistindo de lutar, sendo fracos.

De verdade, se quisermos modificar qualquer aspecto da nossa vida e de nós mesmos,devemos começar aceitando.

A aceitação é detentora de um poder transformador que só quem já experimentou pode avaliar.

É difícil aceitar uma perda
material ou afetiva;
uma dificuldade financeira;
uma doença;
uma humilhação;
uma traição.

Mas a aceitação é um ato de força interior, sabedoria e humildade, pois existem inúmeras situações que não estão sob o nosso controle.

As pessoas são como são, dificilmente mudam.
Não podemos contar com isso.

A única pessoa que podemos mudar, somos nós mesmos, portanto, se não houver aceitação, o que estaremos fazendo é insensato, é insano.

Ser resistente, brigar, revoltar-se, negar, deprimir, desesperar, indignar-se, culpar, culpar-se são reações emocionais carregadas de raiva. Raiva do outro, raiva de si mesmo, raiva da vida. E a raiva destrói, desagrega.

A aceitação é uma força que desconhecemos porque somos condicionados a lutar, a esbravejar, a brigar.

Aceitar não é desistir, nem tão pouco resignar-se.

Aceitar é estar lúcido do momento presente e se assim a vida se apresenta, assim deve ser.

Tudo está coordenado pela Lei da ação e reação.

No instante em que aceitamos, desmaterializamos situações que foram criadas por nós, soluções surgem naturalmente através da intuição ou fatos trazem as respostas e as saídas para o problema.

Tudo é movimento.
Nada é permanente.

Nossa tendência “natural” é resistir, não aceitar combater tudo o que nos contraria e o que nos gera sofrimento. Dessa forma prolongamos a situação. Resistir só nos mantém presos dentro da situação desconfortável, muitas vezes perpetuando e tornando tudo mais complicado e pesado.

Quando não aceitamos nos tornamos amargos, revoltados,frustrados, insatisfeitos, cheios de rancor e tristeza, e esses padrões mentais e emocionais criam mais dificuldades, nunca trazem solução.

Aceitar é expandir a consciência e encontrar respostas, soluções, alívio.

Aceitar é o que nos leva à Fé.

É fundamental entender que aceitar não significa desistir e seguir adiante com otimismo.

Ter muitos propósitos a serem atingidos é nossa atitude saudável diante da vida.

Aceitar se refere ao momento presente, ao agora.

No instante que você aceita, você se entrega ao que a vida quer-lhe oferecer. Novas idéias surgem para prosseguir na direção desejada, saindo do sofrimento.


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Ana Cristina Pereira
Terapeuta Transpessoal
http://www.espacogaia.com.br/aceitacao.html


Mensagem enviada em PPS, por Marcia Drisaldi


Baixe o PPS, clicando AQUI
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LUZ!
STELA

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Wei-Wu-Wei


Wei-Wu-Wei

Por Osho




No mundo da objetividade, ação é muito importante. Tem-se que ser ativo porque só a ação é pertinente no mundo das coisas. Se você fizer algo terá mais coisas; só fazendo algo é que se pode mudar no mundo da objetividade.

Já no mundo da subjetividade... inação.
Fazer não é importante, mas sentir é.

A pessoa subjetiva é mais sonolenta, é sonhadora, preguiçosa; a pessoa objetiva é ativa, obcecada pela ação. A pessoa objetiva sempre precisa fazer isto ou aquilo, ela não pode sentar-se só, não pode descansar. Pode dormir - mas acordando, tem que fazer algo. A pessoa subjetiva é inativa. É muito difícil ela passar para a ação.

A pessoa religiosa é a reunião dos opostos: ação em inação, inação em ação. Ela faz coisas, mas faz de tal maneira que nunca se torna um fazedor. Ela permanece um veículo de Deus, uma passagem - mesmo se estiver fazendo algo, não está fazendo... O fazer dela é muito brincalhão, não há nenhuma tensão nisto, nenhuma ansiedade, nenhuma obsessão. E até mesmo quando é inativa, não é pesada; mesmo sentada, ou deitada descansando, está cheia de energia. Ela não é letárgica - tem uma energia radiante. Porque os opostos encontraram-se nela numa síntese superior, ela pode agir como se estivesse num estado de inação e, ainda assim, você pode sentir a energia, você pode sentir uma vibração de tremenda atividade ao redor de seu ser. Onde quer que ela se mova, traz vida às pessoas. Só pela sua presença as pessoas mortas ficam vivas; só pelo seu toque as pessoas mortas voltam à vida.

Isto é wei wu wei: não movendo uma única polegada você chegou.

Aqueles que lhe dão metas são seus inimigos.
Esses que lhe recomendam tornar-se algo, e como, são os envenenadores.

O real mestre simplesmente diz,"não há nada em que se tornar.
Você já é desde sempre.
Deixe de correr atrás de sombras.
Sente-se silenciosamente e SEJA".

Sentando silenciosamente, não fazendo nada, a primavera vem e a grama cresce por si só.

Atividade é SANSARA, atividade é o mundo; e quando as pessoas de Zen disserem “abandone o mundo, eles não querem dizer “deixe sua casa, deixe a sociedade”, eles querem dizer “abandonem os apelos para agir”.

Até mesmo se você tiver que fazer algo, faça mui passivamente. Se você está caminhando na rua faça-o passivamente. Dentro, o zazen continua, dentro você permanece sentado, movendo-se só no exterior. Se você estiver comendo, coma, mas dentro você permanece sentado. Pouco a pouco essa postura interna é atingida - em que você pode fazer coisas sem atividade. Uma vez aprendido isto, você pode fazer coisas e não será uma perturbação. Mas primeiro a pessoa tem que chegar às raízes, num centramento profundo.
Relaxar não é uma questão simples; é um dos mais complexos fenômenos, porque tudo aquilo que nos ensinaram foi tensão, ansiedade, angústia.

Uma testemunha não é uma espectadora.
Então o que é uma testemunha?

Uma testemunha é aquele que mesmo participando permanece alerta. Uma testemunha está em um estado de WU-WEI. Uma testemunha não é aquele que escapou da vida. Experimente caminhando na rua: lembre-se que você é uma consciência. O caminhar continua, mas uma coisa nova é adicionada, uma riqueza nova. Você terá que aprender - é uma ação negativa. É uma das coisas mais significantes a serem aprendidas. Sabemos fazer coisas; este é o modo positivo, agressivo, masculino.

Há outro enfoque, mais sutil, mais gracioso, mais feminino: estar em um estado de deixar-se levar, estar em um estado de rendição, e permitir a existência fluir por você. Isto é o fazer através do não-fazer. De certo modo é negativo, porque você não está fazendo nada.

Significa permitir que as coisa aconteçam.
Não faça nada, permita acontecer.
E este é o caminho do coração.
O caminho do coração significa o caminho do amor.

Você pode fazer o amor? É impossível fazer o amor. Você pode estar apaixonado, mas você não pode fazer o amor. Mas usamos expressões, como 'fazendo amor', que tolice!. Como você pode fazer o amor? Quando amor é, você não é. Quando amor acontecer, o manipulador, o fazedor, desaparecem.O amor não permite nenhuma manipulação de sua parte. Acontece. Acontece repentinamente, inesperadamente. É um presente. Da mesma maneira que vida é um presente, amor é um presente.

Estes são momentos raros, quando não há nenhuma ação e nenhuma inação, e você está imóvel. Não que você fique letárgico. Você tem energia, mas a energia não vai a nenhum lugar porque não há nenhum objetivo. A energia simplesmente está lá como um reservatório que sobe cada vez mais alto, mais e mais. Você está a ponto de explodir em algo absolutamente novo do qual você nem imagina. Você está à beira de um modo novo de vida: ação em inação. Então uma atividade nova começa na qual você não é o ator, no qual você é só um veículo, uma passagem.

Para ir até o seu centro, a pessoa precisa ser feminina, passiva, inativa, não-fazedor, não interferir, WU-WEI, meditativa; é preciso meditação, relaxamento, não concentração. A pessoa tem que relaxar-se completa e totalmente. Quando você não está fazendo nada você está no seu centro; quando você está fazendo algo você saiu dele. Quando você fez muito, você afastou-se demais de seu centro. Chegar mais perto dele significa que você está abandonando todas atividades, você está aprendendo a ser inativo, você está aprendendo a ser um não-fazedor.

Primeiro fique feminino, depois masculino.
Primeiro seja passivo, depois introduza a ação.

E quando ação vier da inação, floresce a beatitude; algo do além. Mas inação tem que ser aprendida primeiro e depois a ação. Então esta ação não é, de jeito nenhum, agressiva, e é isto que a faz bela, graciosa, meditativa. E quando ambos são equilibrados a verdade acontece e a verdade liberta.

O conceito taoista do wu-wei tem que ser lembrado por todo terapeuta -não interferir. Ele só abre as possibilidades, torna as oportunidades disponíveis. Apenas abre a porta.


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Osho
(tradução livre de prashanto)
Fonte:http://www.escolademisterios.hpg.ig.com.br
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LUZ!
STELA