terça-feira, 29 de dezembro de 2009

COMO ERA NO PRINCÍPIO




“COMO ERA NO PRINCÍPIO...”

Ken Carey




À medida que sentimos o Espírito Santo despertar em nosso íntimo, o que antes parecia estar morto agora agita-se e vem à vida.

A mortalha está em nosso corpo. Começamos a removê-la: os conceitos, as crenças, as imagens, as idéias e os velhos e novos paradigmas. Eles foram tecidos tão fortemente ao nosso redor que mal conseguimos nos mover. Eles cobriram de trevas a nossa vida. À medida que nos libertamos desses tecidos decadentes, nos revestimos dos corpos celestiais que Deus preparou para nós.

Corpos de luz, semelhantes aos nossos corpos físicos atuais da mesma forma que lâmpadas acesas se parecem com lâmpadas sem corrente. E a corrente, a nova corrente, é tão revigorante! Nosso peso é suave – maravilhosa e esplendorosa luz! Tornamo-nos purificados e rejuvenescidos. A verdade dissolve a irrealidade na sua senda. A pedra que outrora nos aprisionava torna-se transparente na radiância do Senhor dos Céus.

A pedra era uma ilusão, a mentira aceita de comum acordo, que outrora sustentáramos através do medo e da ignorância. Mas vislumbramos o jardim além da pedra. Não podemos mais concordar com o mito da solidez da pedra. Começamos a nos acercar de outros que sentem da mesma forma. Comungamos em espírito. Percebemos o Cristo ressuscitado.

Algo está se alterando nas profundezas do nosso ser. Uma mudança está sendo iniciada no âmago das coisas. Você sente as esperanças esquecidas de algo que se resolve no fundo de sua alma? Sabíamos disso quando éramos jovens.


Fazemos vigílias. Mantemos acesas as nossas lamparinas. Não permitimos que o fogo do nosso amor diminua. Sentimos Sua Presença em nós, bem no nosso coração. Ouvimos Seu Verbo. Educamo-nos. Caminhamos no jardim de uma Nova Terra, sob um Novo Céu, membros vivos do corpo de Cristo.

O Novo Céu está aqui para aqueles que têm olhos para ver. Quando caminhamos pela primeira vez sob as estrelas desconhecidas de seu céu, tomamos consciência de algo que está muito além do nível histórico da experiência humana.

É engenhosa a maneira pela qual Cristo arquitetou a nossa cura. Que mecanismo maravilhoso não tem sido a aparente sucessão de gerações. Cristo não queria que ninguém perecesse, pelo menos não sem a melhor chance possível. A amplitude e o alcance de sua engenharia por trás dos bastidores é fenomenal, quase inacreditável.

Todos os esforços possíveis estão sendo feitos no sentido de ensinar aos seres humanos encarnados o Caminho da vida eterna. Os ensinamentos de Jesus (conforme foram registrados na Bíblia do rei Jaime) fornecem um manual de sobrevivência para o espírito decaído.


Cristo percorreu grandes distâncias para nos educar por todos os meios possíveis. Embora tenhamos estado inconscientes de Sua Presença, Ele tem inventado, planejado, tem feito malabarismos e remanejado incessantemente Seus planos no intuito de manter tantos de nós quando possível em Sua Presença até que Seu abrangente plano de salvação tenha tempo para funcionar.

Do que você supõe que Jesus estava falando quando disse com tanta ênfase:

”Na verdade vos digo que não passará esta geração sem que se cumpram todas estas coisas”, Mateus 24:34.

A que geração se referia Cristo?

A quem falava ele naquela época?

Ele estava cercado por aqueles que O amavam, respeitavam e nEle confiavam; cercado por Seus discípulos. Esse momento realmente aconteceu: Jesus Cristo, encarnado num corpo físico, falando a Seus discípulos. Foi um momento histórico real. Ele simbolizou e colocou em evidência precisamente um outro momento, um momento de suprema significação, um momento eterno, que é a fonte de tudo o que conhecemos ou que venhamos a conhecer.

Existe um momento espiritual eterno pulsando forte e consistentemente por trás das cenas transitórias da história. Nele, o Cristo está cercado por seus discípulos, envolto em vestimentas biológicas, encarnado numa família humana sempre em mutação. Nós fazemos parte desse momento. Somos a geração de Cristo. Fomos gerados e trazidos à existência pela Sua Presença.

Quando o Cristo atinge certa faixa da terra, a substância da terra é atraída para o seio do tempo e espaço de Cristo. A matéria que reflete Sua visão e propósito é animada e permanece suspensa no Seu amor. Esta é a geração do Cristo; Seu amor é a energia no cerne do nosso ser; Sua verdade tece os seus desígnios.

Cristo habita o cerne de toda a vida terrestre. Você e eu conhecemos a vida e a consciência em grau proporcional àquele em que nos encontramos na Presença do Cristo. Como estamos vivos fisicamente, já estamos na Sua Presença física. Cristo espera que olhemos para o alto. Somos os seus prediletos, os sobreviventes. A Idade Média veio e se foi. Nós ainda estamos por perto.

Cada um de nós que está vivo possui uma continuidade de espírito desde o momento em que Cristo disse: “Eu Sou a Ressurreição e a Vida; o que crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá; e todo o que vive e crê em mim, não morrerá eternamente.”

João 11:25-26

Nós somos a geração de Cristo.

Somos a única geração que sempre existiu e sempre existirá; Cristo nos manteve próximos de Si. Manteve-nos jovens. Manteve-nos próximos da fonte de vida nEle. Somos espíritos cercando Sua Presença que é nossa personalidade eterna ulterior. Cada onda vital que se sucede permite que Cristo atraia Suas crianças decaídas à níveis maiores de inteligência, esperando que, quando o tempo final chegar, elas possam ter suficiente percepção para reconhecer os sinais de Sua volta. Muitas das parábolas do Cristo falam da natureza da Sua volta à consciência humana. Os que acreditassem nEle estariam vivos quando ela ocorresse.

A aparente sucessão de gerações evitou que a Queda se tornasse fatal. Cada nova onda de vida que emana do Cristo contém crianças cujos olhos cintilam um pouco mais e cujos espíritos são um pouco mais duros de subjulgar. Cada geração que se sucede é mais leve e flutuante que a anterior. Nossos filhos fazem parte da geração de Cristo, da mesma forma que nós os somos. Mas nos enganamos ao acreditar que podemos passar essa taça a nossos filhos.

Nós somos os eleitos.

Somos os espíritos vivos da geração de Cristo.

Não estaremos apenas sonhando com uma visão tola de um mundo decaído?

Até que despertemos, até que descubramos como o Cristo pode ser apreendido, até olharmos para o alto e O percebermos, restaurando-O como fator central em nossas vidas conscientes, não passaremos de criaturas semi-encarnadas, sujeitas à sorte quanto à determinação, tanto ao caos quanto ao direcionamento.

Você está disposto a irromper para além das ilusões que permanecem?

Está disposto a se submeter ao batismo de fogo?
Não existe época melhor.

Hoje é o dia da decisão para esta geração. O espírito de Cristo tem estado, e está agora, borbulhando sob todas as ilusões humanas. É o seu espírito, o nosso espírito, o espírito da família de seres divinos eternos a que pertencemos.

Nossos protótipos encarnaram inicialmente no Éden; mas como espécie, como família global humana, estamos ainda por ingressar plenamente na terra. Somos a geração que encarnará pela primeira vez.

O “Eu” que é Cristo está pontilhado por todos

os “Nós” da humanidade.


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Ken Carey, trecho de seu livro "Terra Christa"

Colaboração: Remir

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MUITA LUZ!
STELA

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