domingo, 3 de janeiro de 2010

A LUZ E A ESCURIDÃO INTERIORES



A LUZ E A ESCURIDÃO INTERIORES
Por Jean Tinder
Dezembro de 2009



Numa noite, um velho índio Cherokee contou ao seu neto sobre a batalha que acontece no interior das pessoas.


Ele disse:
“Meu filho, a batalha acontece entre dois lobos dentro de cada um de nós.”

“Um é o Mal. É raiva, inveja, ciúmes, presunção, tristeza, ódio, ganância, arrogância. autopiedade, ressentimento, inferioridade, mentiras, orgulho, superioridade e ego.”

“O outro é o Bem. É alegria, paz. Amor, esperança, serenidade, humildade, gentileza, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.”

O neto pensou sobre isso por um minuto e então perguntou ao avô:

“Qual lobo vence?”

E o velho Cherokee simplesmente respondeu:
“Aquele que você alimentar.”


Talvez a coisa que faça funcionar a consciência mais profunda é que ela tem efeitos verdadeiros na vida das pessoas, indo além de ser apenas conceitos interessantes. Uma coisa é compreender mentalmente todas estas ideias sobre a nova energia; outra coisa é experiênciá-las em um nível profundo de coração-sentimento-alma.

Durante uma recente visita à França, eu tive a audácia de contar a Adamus que eu estava plena, completa, sem necessidade de nada e então “O quê, agora?” Era verdade. Quando Tobias partiu em julho eu experimentei uma plenitude interior numa escala que eu não imaginava possível. De qualquer maneira, a vida continua e Adamus gentilmente me contou que tão logo eu declarasse algo assim haveria pontos de vistas surgindo para me desafiar, para ver se eu estava sendo verdadeira. Na verdade, ele viu um desafio já a caminho, e certamente, chegou há apenas poucos dias.

Agora o ponto sobre esta jornada é que nós temos que andar o caminho que falamos ou nós talvez também pararmos de falar. Nós também assumimos total responsabilidade por nossas experiências ou nós ainda bancamos a vítima. Então, ainda que pareça que nada do que aconteceu no caminho deste desafio seja minha culpa, eu decidi ir mais a fundo para perceber porque eu criei esta experiência.

O que resultou disso foi entrar em contato com o aspecto mais velho, mais forte e mais sombrio de mim mesma. Era um lado que eu havia descoberto há alguns anos e não desejava ter nenhuma relação. Ela era horrível de todas as maneiras que eu podia imaginar e eu a rejeitei completamente. É claro que isso significou que eu também me rejeitei, não importando que distorções mentais eu passei tentando evitá-la. Então, no interesse de finalmente ultrapassar esse problema de uma vez por todas, eu dei a ele algum espaço e o deixei entrar.

Entretanto, integração significa que você também tem que lidar com o oposto do que você está trabalhando.


Uma noite eu estava gastando muito tempo em respirar e sentir grandes emoções e permitindo que esta parte rejeitada se acostumasse com a idéia de voltar para casa, quando de repente um lado de guerreira moralista veio à tona. Sua existência inteira tinha sido dedicada para manter afastada a maldade da outra. “Como ousa deixa-la voltar? Ela é completamente má, você tem alguma idéia do que ela é capaz? Como você pode fazer isso?”

E é claro que a sombra replicou. “Viu? Eu sabia. Você não me queria realmente de volta, você não tem a coragem de lidar comigo.”

Ali estava movimentando-se com intensidade dentro de mim – a batalha da luz e da sombra. Então quem vence? Aquela que eu alimentar ou aquela que eu deixar passar fome?

A verdade é, que um animal faminto fica ainda mais perigoso e mais determinado para fazer qualquer coisa para sobreviver. E é a mesma verdade quando parte do ser é rejeitada.

Por causa de quem somos como Shaumbra, sempre no “limite do sangramento” da evolução da consciência, nós fizemos tudo. Nós encarnamos as mais santas qualidades e já vivemos épocas mais hediondas, todas elas deixaram sua marca no interior. Muitos de nós queremos viver para sempre no amor e luz, tendo tido o suficiente de escuridão e horrorizados com qualquer vestígio de que deixou dentro de nós. Outros de nós não quer nada com coisas místicas, e tendem a falência do sistema em todas as oportunidades, determinado a nunca ser tomado novamente.

Porém ainda tudo isso é uma reação a algo que nós não queremos em nossa realidade e a rejeitamos dentro de nós. De acordo com o quanto você deixar passar fome a luz ou a sombra, ela irá retornar e distorcer a sua realidade. Trará em circunstâncias que parecerão ser causadas por outros porque você não se apropriou dela em você mesma.

Portanto, assim que eu sentei respirando, escutando e sentindo aquela enfurecida discussão dentro de mim, eu me lembrei que elas eram somente aspectos; partes de mim que estavam presas em suas experiências de polaridade extrema. Era uma guerra comigo – mas não de verdade, pois o meu eu verdadeiro era aquele que estava observando.


Seria uma batalha realmente se eu me identificasse com uma e rejeitasse a outra.

Mas quando eu me lembrei que eu simplesmente era quem eu era, eu dei atenção para amar e aceitar a mim mesma naquele momento e a batalha se tornou irrelevante. Como crianças briguentas cansadas, elas apenas abaixaram suas espadas de brinquedo e voltaram pra casa, amuadas ou indispostas, mas sem lutar.

O resultado é que eu senti algo novo dentro de mim, algo que eu não sabia definir ainda. Eu também senti muitas coisas definíveis também, com certeza – tristeza pelos tempos perdidos nessa batalha, desgaste pela energia necessária para manter essa luta sob controle, pesar pelas partes de mim que, de uma maneira, não mais existem. Eu tinha me acostumado com suas presenças, o desequilíbrio que eram.

Agora havia uma parte da minha vida que precisava ser completamente redescoberta e recriada porque muito dela estava inconscientemente definido pela minha resistência a um lado meu.

E tenho uma compreensão mais profunda agora do que eles tem falado sobre a integração da luz e da sombra.


Oh, eu estava feliz o bastante para integrar minha sombra desde que isso significasse que eu ainda seria uma pessoa boa. Mas, quando uma parte "não agradável" salta para fora e cria o caos, mesmo através de outra pessoa, torna-se óbvio que eu não a trouxe para casa ainda. Quando eu já não estou resistindo "ao que eu não sou" (que realmente não existe), então estou livre para ser tudo que eu sou, e escolher em cada momento como se expressar. E as partes rejeitadas já não precisam causar o caos (mesmo através de outras pessoas) no meu agora.

Em Roma, Kuthumi teve que dizer isso:

“Quando a luz e a escuridão se unem dentro de você, elas não são mais apenas os elementos de claro e escuro, mas a fusão que cria toda uma nova energia e consciência diferente, pois contém a sabedoria de tudo o que você fez que era sombra, e tudo o que você fez, que era luz. Então não é mais a combinação de luz e sombra e acontece um salto quântico. "

Aqueles saltos quânticos são assustadores e, às vezes muito dolorosos, mas eles podem realmente mudar sua vida.

Feliz salto!



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Tradução: Adriana Cardoso

http://www.novasenergias.net/circulocarmesim/shaunews.htm


http://www.novasenergias.net/circulocarmesim
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Muita Luz!
Stela

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