QUEM É VOCÊ?
Por Fatima D'Agostino
Desde tempos remotos, a comunicação entre os humanos e o mundo espiritual foi estabelecida pelo ato de orar. Desde então, rogamos ajuda celestial para enfrentar inúmeros desafios, além de sabedoria para resolver conflitos.
Na verdade, esquecemos quem somos e nos sentimos incapazes de resolver qualquer coisa que saia do controle, daí, entregamos nas mãos de Deus, aguardando os resultados. As súplicas, geralmente, são motivadas por experiências que outras pessoas estão vivendo, mas que nos afetam.
Por trás desse hábito enraizado está a crença da salvação que virá do céu enquanto seguimos vitimados pela condição humana. A crença na mortalidade, no pecado e no martírio, impregnaram as profundezas da inconsciência coletiva e a proliferação de dogmas religiosos comprova isso.
Quando alguém está imerso em vícios, doenças, perdas, depressão, etc., oramos para amenizar o que julgamos causar danos aos familiares, amigos, a própria pessoa ou a nós mesmos. Não aceitamos o livre arbítrio e as escolhas alheias e insistimos em controlar nossas vidas e a dos outros, também.
Assim, seguimos tentando curar no outro o que dói em nós.
Queridos, a intenção não é julgar, mas observar o que nos motiva.
Diante disso, quem é você? Um intermediário credenciado? Uma pessoa de fé?
Quem é você quando seu casamento ou namoro acabam, quando alguém próximo morre, quando perde o emprego e os amigos se afastam? Quem é você quando acometido por uma doença grave, quando perde a família, o patrimônio ou qualquer outro fato que rasga o script da sua vida?
Você é o que sofre o revés? Você é o que ora para suportar a dor? Você é o que se resigna diante da vontade de Deus? Você é forte? Você é vítima?
Quem é você?
As tragédias que nos alcançam, as dores que sofremos, as alegrias, as tristezas, as conquistas, as frustrações, as preocupações, enfim, tudo a que reagimos vem das provocações externas.
Tomamos como íntimo e pessoal, fazemos a sinapse química que se mescla aos registros emocionais, estabelecendo as nossas reações aos fatos e acontecimentos, bem como a motivação das nossas súplicas.
Não enxergamos que a dor, a frustração, a preocupação, o medo, a raiva e a insegurança são memórias que usamos para alimentar o drama pessoal e coletivo.
Afinal, quem é você?
Na essência AMOR, simplesmente!
Libere o controle, divirta-se, não dê tanta importância para a mente que quer experenciar o reverso do que somos.
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Grata Fatima!
LUZ!
STELA
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