PERSONALIDADE VIRTUAL
Por Fátima D'Agostino
10 de janeiro de 2021
De onde vem o sofrimento e a dor?
Das experiências que temos com outras pessoas ou das experiências com a nossa própria vida?
Em ambos os casos, o sofrimento e a dor nascem na mente, não no coração, como se fosse o tempero da vida, pois entram em nós pelos sentidos. Tem um ditado arraigado na psique humana: se não aprende pelo amor, aprende pela dor. Mas, o que realmente nos faz sofrer?
Em ambos os casos, o sofrimento e a dor nascem na mente, não no coração, como se fosse o tempero da vida, pois entram em nós pelos sentidos. Tem um ditado arraigado na psique humana: se não aprende pelo amor, aprende pela dor. Mas, o que realmente nos faz sofrer?
A história da raça humana é repleta de crueldade, ganância, escravização, injustiças, conflitos, guerras e a ciência favorecendo pequena parcela da população mundial. E assim continua, mas agora assistimos em tempo real com a universalização da internet e do celular, o que estará escrito nos livros futuros da história.
O celular tornou-se parte de quem somos e indispensável para que muitos se sintam vivos. Exagero? Não pensa assim? Então, fica um mês sem celular e sem acessar a internet e depois me conta a experiência.
Nos últimos anos, o acesso à informação vem deturpando a percepção que temos sobre nós mesmos e sobre as pessoas. Acessamos, instantaneamente, qualquer acontecimento em qualquer parte do planeta. Recebemos a informação e nos sentimos parte dos acontecimentos, seja como juiz, algoz ou vítima.
Isso vem ocorrendo tão intensamente que nos distanciamos de nós mesmos para assumir uma personalidade digital. Tanta informação, desqualificada e parcial, distrai, postergando o autoconhecimento.
Quantas vezes os diálogos presenciais são abastecidos por assuntos disponibilizados online? Quem não se sente acompanhado quando está com o celular na mão? Quantas vezes, sem atividades ou sozinhos, pegamos o celular para nos distrair?
A armadilha dessa quarentena, ou de 2020, disponibilizada fartamente pelas redes, diz que foi o ano que nos levou ao autoconhecimento, ao processo de expansão da consciência. Expandimos, sim, as divergências ideológicas e culturais pelo alcance irrestrito da personalidade digital, aquela onisciente e presente em todos os acontecimentos globais.
Podemos dizer para não usar a tecnologia disponível? Não, não podemos. A tecnologia é fundamental e cumpre o papel de nos conectar, instantaneamente.
A frágil estrutura interna de quem não sente ser a Vida, de quem não confia na Vida que É, remete ao senso de identificação com histórias e amplia a indiferença, banalizando as injustiças e os horrores que a nossa história insiste em perpetuar, agora debatido, justificado e compreendido.
A internet facilitou a escolha de culpados. Tudo que entramos em contato nos afeta, mas não nos fixa em nosso próprio centro, nossa própria essência. Parece que a vida está sempre lá, não em nós e que os fatos compartilhados são mais eficientes para seguirmos do que as decisões tomadas ao silenciarmos a mente.
É urgente o reconhecimento de que não dá para sabermos tudo, são muitos mistérios que envolvem o universo e a vida no planeta. Sinto que muitos estão na expectativa por desfechos extraordinários que amenizem o medo da mediocridade, da invisibilidade social, da morte, da solidão, do desemprego, da doença, do futuro.
Qualquer notícia, mensagem, imagem veiculada mundialmente, carrega e dissemina energia e, muitas vezes, quase na totalidade, cumprem o papel de propagar medo e insegurança, intercalando esperança.
A tecnologia avança e isso é maravilhoso, pois estabelece igualdade entre a raça humana com o livre acesso. Observe, atentamente, o que vem ocorrendo, pois assim não se mesclará aos processos de homogeneização e massificação. A saída é mantermos o equilíbrio e o discernimento e frear a substituição da nossa Vida pela personalidade digital.
Dê uma navegada pelas redes e observe a energia que vibra em cada publicação. Esteja atento porque tudo que vibra passa por nós, mas não precisa ficar.
Permita-se reconhecer cada vibração e seja proativo na Vida que você É. Use tudo que está disponível, não seja instrumento. Não voe com seu pensamento por miragens artificiais, pois a inconsciência e não discernimento nos impede de apreciar onde estamos pousados.
Aprecie a vida que você É porque é nesse espaço que criamos o futuro e não nos cursos que fazemos, nas mensagens que lemos ou nas infinitas possibilidades virtuais. No espaço que você É não há sofrimento e não há dor, há somente potencial de amor, compartilhe!
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Grata Fátima!
LUZ!
STELA
Perfeito!
ResponderExcluir💕
ExcluirPerfeito e divulgando
ResponderExcluir💕
ExcluirMeu Deus, é isso! Grata!
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