VAZIO EXISTENCIAL E AUSÊNCIA DE SENTIDO
Por Fatima D'Agostino
A energia que possibilitou a vida na Terra foi, por milhares de anos, estável, se assim podemos descrever, permitindo a evolução progressiva. Assim, desenvolvemos a sociedade e as memórias ancestrais codificadas em nosso DNA deram conta de perpetuar os sistemas familiares e culturais, por gerações.
Desenvolvemos a intelectualidade, a criatividade, a curiosidade e as ferramentas que organizaram grupos delimitados geograficamente. Mesmo com o aumento da densidade populacional, nada alterou a rotina planetária e demos conta de cultuar a pessoalidade e a polarização.
A energia, até aqui, com muitos dramas pessoais e coletivos se desenrolando, dificultou, mas não inviabilizou a realização de sonhos, desejos e metas, de cada ser humano. Há algum tempo, as energias se intensificaram e não há como explicar ou entender. Explicamos alguns dos elementos que compõem o universo, interpretamos algumas dinâmicas cósmicas, mas a orquestração segue insondável, incompreensível, assim como a Vida que nós Somos.
Nascendo e morrendo, incessantemente (acredito na reencarnação) em ambiente energético previsível, nos respaldamos em crenças para dar conta de preencher o inexplicável, porque sentimos que há mais e a nossa mente quer assegurar a compreensão.
Não nos conhecemos além do corpo mental e esquecemos a magia de quem somos: natureza. Protegemos o corpo físico, e natural que seja assim, pois é o instrumento para manifestar quem somos, mas negligenciamos, ou ignoramos a nossa integralidade.
O poder que temos foi usado para questões mensuráveis e visíveis, como a resolução de questões cotidianas, bem viver, comer, se divertir, trabalhar, procriar, etc. As alterações nas frequências energéticas permitiram que identificássemos em nossas células as memórias restritivas e sem estes marcadores, a nossa posição na dinâmica social ruiu.
Qual o meu lugar?
Estamos em meio ao processo de individuação, contrapondo a pessoalidade, personalização e polarização, traços da sociedade tradicional. Com as novas energias, se assim podemos dizer, pois somos energia e parte do cosmos, redescobrimos nossa essência e muitos já permitem a sua manifestação, sem culpas, receios ou subterfúgios.
O conflito atual se desenrola no íntimo de cada ser humano, pois não há mais sociedade singular, é preciso criá-la no formato inclusivo e plural para seres humanos conscientes da sua integralidade. Estamos entre dois mundos: da ilusão (sociedade tradicional) e da expectativa (sociedade plural). Na sociedade tradicional, há apenas casais de homens e mulheres, na sociedade plural há lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexuais, assexuais, pansexuais.
Não há apenas a família tradicional, há família homoafetiva, paralela, simultânea, poliafetiva, parental, natural, ampliada. Não há mais eu, você, o branco, o preto, o amarelo, há pessoas. Não há mais cultura pop, erudita, popular ou kitsch, há diversidade. Não há mais linearidade, há processos. Não há mais base para a sociedade tradicional e não há como ignorar a sociedade em gestação. A emoção em milhares de pessoas, agora, é de vazio existencial e ausência de sentido. Saiba que não é tranquilo para quem se encontra em negação e não é tranquilo para quem está na aceitação.
A base ruiu e a concretização de outra ainda está no esboço. Somos seres energéticos, então, é hora de sentir o que vibramos e reverberamos no campo coletivo. A aceitação permite o fluxo da criação e a negação bloqueia. É fato que a evolução da raça humana está em processo, então, honre sua escolha, brilhe sua luz, vibre o Amor que você É e aprecie estar aqui, agora.
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Grata Fatima!
LUZ!
STELA
Apreciar-se é muito mais do que importante é necessário
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