terça-feira, 30 de julho de 2019

ACOLHENDO A INSUFICIÊNCIA


ACOLHENDO A INSUFICIÊNCIA
Por RAMINA EL SHADAI

Falamos de escassez, falamos da abundância natural em nós, mas que tem sido transformada em obrigatoriedade, pelas teorias que tendem a suprir as necessidades, fortalecendo ainda mais as polaridades.

Como se abundância fosse algo a ser adquirido através da interação, como possibilidade de um novo conhecimento. Como se abundância fosse pré-requisito para se chegar a um resultado desejado e próspero. Abundância, escassez e os altos e baixos continuam rondando tantas histórias!


Não somos setorizados. Não vibramos abundância em algum aspecto e escassez em outros aspectos. A questão é que quando vibramos a escassez, vivemos por completar essa lacuna que se revela mais significativamente em determinadas circunstâncias, e novos acúmulos nos dão a sensação de abundância, como um sinal de que algo está completo.

Sim! Abundância é essa completude sim! Mas uma completude natural, não essa completude com a qual nos acostumamos, que é preencher lacunas em nós.

Numa conversa recente com um amigo, ele dizia que a falta que move, ele foi movido pela falta. Ele e a humanidade. Deu certo! Só que não curamos a falta, só confundimos que falta seria essa. Conquistamos uma certa abundancia, só que permanecemos na vibração da escassez.

Essa nossa polarização, de adquirir pra completar, acabou nos conectando com a escassez de várias formas. E isso aconteceu pela cultura da insuficiência que fortalecemos em nossa sociedade, em nossos grupos.

Quantas buscas já reconhecemos em nossa vida? Toda busca... toda....que tende a agregar, a preencher, a suprir, a cobrir alguma necessidade, alguma falta, algum medo... vibra escassez.

Passamos a vida vibrando escassez. Uns mais.... ou menos intensamente!
A sensação do preenchimento nos diz sobre isso.

Já ouvi muitas pessoas dizerem: minha vida vibrou abundância. Nunca me faltou nada! uma fala vinda do reconhecimento das providencias da vida. É diferente da fala “nunca me faltou nada” de quem está olhando para uma profunda percepção que realmente aconteceu a cada agora, e que sentiu a vida sendo criada levemente, naturalmente, intuitivamente.

Não fomos assim. Porque aprendemos a ser mentais, separados de tudo que somos e a nossa mente quando está isolada da nossa alma, não produz vida em fluxo leve.

Talvez sua vida tenha sido fácil, no sentido de não ter precisado conquistar nada, mas também não precisou da sua intuição e muito menos de sentir quais seriam seus reais desejos... Quantas vezes ouvi pessoas dizerem que tiveram tudo, na vida, mas que se anularam, que nem sabem do que realmente gostam de fazer!

O sentido de uma vida fácil sustentada por uma energia masculina controladora, era bem diferente do sentido da vida fácil numa energia de fluxo amoroso, intuitiva, alinhada à Unidade... é muito diferente.

Vida fácil era repugnada, julgada, camuflada. Numa perspectiva amorosa, de fluxo livre em conexão com o Universo, uma vida fácil é uma vida que acontece em profundo alinhamento com os mais profundos desejos, com a intuição sagrada, com os impulsos internos.

Nossa mente pensa a partir do que a alma guia. Não é necessário esforço algum. Não é necessário buscar nada!

Hoje, eu estou trazendo a vibração da escassez escondida em todas as nossas vidas. E todas as formas que ela adquiriu para se manter intacta. Por isso a necessidade de suprir essas faltas, todas vibrando a abundância. Nada feito por necessidade é essencialmente consistente e verdadeiro, pois toda necessidade é uma criação puramente mental, portanto, ilusória.

Aí a coisa pega! Como vibrar a abundância se o que eu aprendi foi buscar, foi querer, foi imaginar o que seria melhor pra mim, foi tentar as coisas pra ser do jeito que me deixa o mais seguro possível. Como vibrar a abundância, antes da escassez e não para suprir a escassez? Como enxergar que nada me falta no período em que eu estou adoecendo, ou sem minhas antigas referências, se não tenho mais nada do que dava sentido à minha vida?

Eu sei que esse pensamento existe... eu já pensei a mesma coisa no passado! Como se realmente existisse isso de vibrar abundância para acabar com a falta. A percepção da abundância e que como a vida é criada por essa vibração, realmente, faz com que você, de repente, perceba que não há mais falta. Mas acabar com a falta deixou de ser seu objetivo.

A nossa percepção de abundância jamais vai ser encontrada na mesma fonte que gera os pensamentos que nos limitam ao que nos falta. Jamais! Onde estão as perguntas que exigem respostas práticas e cartesianas, não estão as respostas profundas geradas por um aspecto mais amoroso de nós.

A insuficiência nos acompanha desde as situações em que nos sentimos incapazes, todas as situações em que nos sentimos impotentes (E como nos sentimos assim diante de cenas intensas que presenciamos em nossa infância!), até as situações que estamos sempre buscando mais: Um limiar daquela concepção de quem sempre busca melhorar, com o foco em novos alcances.

Você sai desse lado de fora e começa a profundamente, realmente, que tudo vibra em sintonia com você. Vibração: aquilo que sustenta tudo que você vive. A insuficiência, vibração da falta e da escassez, é criada pela sua forma de pensar, limitadamente, e que te leva a perceber tudo numa perspectiva fragmentada, separada. A insuficiência está no que falta para alcançar um resultado. Um caminho linear e raso.

A suficiência, vibração da abundância é criada pela sua forma de sentir-se em unidade, e que te leva a perceber tudo de uma perspectiva inteira. Você sente, pensa, cria, fecha ciclos, abre ciclos. Tudo acontece ao mesmo tempo.

Quando falamos de suficiente, estamos acostumados a entender a suficiência como tudo necessário pra alcançar o que eu quero, o que é suficiente para alcançar uma meta, mas a suficiência é só a concepção de que está tudo pronto agora.... e isso que você reconhece que te da a possibilidade de seguir. O que vai alcançar com isso está sempre além do que estava pensando e se planejando.

O equívoco está em acreditar que precisa ver o que te falta de uma forma suficiente. O equívoco está em tentar enxergar a falta de uma forma inteira, entende!?

Perceber a abundância é completamente diferente de ver a falta, querendo ver a abundância. Está no “por onde você vê.” Isso determina o que vai enxergar.

É não enxergar a falta. Só existe a falta porque existe um lugar que você quer chegar. E se não chegou ainda é porque não está alinhado com o que você vibra.

Qualquer nova percepção que você tiver de qualquer coisa, olhando pelo propósito daquilo já move um mundo dentro de você. Em algum momento você precisa enxergar você em alguma coisa que esteja vivendo. Pra fazer girar essa roda dos fluxos.

Se ficar claro pra você as fontes que criam a insuficiência e a suficiência, fica claro como você está vibrando. Você está focado lá no resultado, lá naquela situação que gostaria de estar vivendo? Ou no que está acontecendo agora e que você tem exatamente tudo que precisa ter, para criar o que consegue criar?

Se você não tem nada, não consegue enxergar nada, enxergue pelo menos alma, enxergue sua natureza, enxergue seus sentimentos mais puros.... Mas enxergue com alma, acolha com a alma, com amorosidade, então, poderá começar a praticar a abundância em você.

Como sempre, é tudo uma questão de percepção.

O que, de você, tem usado para co-criar sua vida?

A abundância é natural em nós, portanto, a insuficiência, é mais uma ilusão que podemos libertar, em plena gratidão!

Um intenso abraço!

EU SOU RAMINA EL SHADAI

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Grata Ramina!

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Um comentário:

  1. Por fim eu percebi, ou quase, entretanto esse texto não é mto objetivo qto deveria ser, confunde-nos de certa maneira. Mesmo sou grata. 🙏😉

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