MENTIRAS REAIS
Por Fatima D'Agostino
Nessa época de comemorações universais, os nossos corações abrem uma brecha energética, tão forte é a intenção coletiva. Fortalecidos nessa luz, os processos internos de vasculhar as crenças que residem no nosso inconsciente são facilitados por essa energia coletiva.
A esperança de que o novo ano trará as oportunidades que esperamos, faz parecer que uma entidade que recolhe os pedidos embalados em flores, velas e rituais e depois os concretizará, chama-se 2020.
Complacentes com essa ilusão, escolhemos pessoas, lugares e cenários para honrar a chegada do Ano Novo. Nem percebemos que as crenças e rituais nos mantém unidos, mas enfraquecidos e separados por desejos privados.
O nosso comportamento, por vezes durante toda a vida, é sempre o mesmo, intencionar para nós mesmos e todos, alegria, prosperidade, paz e realizações. É automático, mas autêntico. Alguns, sentindo que não sentem o que todos devem sentir, são classificados como desanimados.
Hoje, ainda sob efeito do amor e da esperança, seguimos confiantes de que tudo será melhor. Esse amor, nomeado e classificado, moldou-se no imaginário coletivo como o sentimento que nutrimos por familiares, relacionamentos afetivos, amigos e pessoas que sentimos afinidades.
Em nome dessa classificação, os vínculos sanguíneos se destacam pelo papel de porto seguro. Afinal, quando você estiver no fundo do poço os amigos fugirão e quem estará ao seu lado serão seus pais, seus irmãos, tios, avós, primos. Sagrada família!
Entretanto, para comemorar o novo ano, escolhemos, na maioria das vezes, estar com amigos, diferentemente do Natal, que é celebrado, preferencialmente, com os familiares. Percebe como simples escolhas são induzidas por tradições?
Queridos, quanto mais nos aprofundamos em busca da essência, mais nos deparamos com as armadilhas que herdamos, mas aperfeiçoamos para defender com mais eficiência a nossa vida.
Esses aperfeiçoamentos nos iludem de que somos diferentes de nossos pais, uma vez que julgamos, incessantemente, as falhas que cometeram conosco, mas perdoamos para seguir em frente. Pronto, classificamos, também, a abnegação familiar.
São tantas mentiras que aceitamos como verdades, mas nenhuma área da ciência consegue provar quem somos nós. Acreditar na alma ou essência é, para muitos de nós, mais uma crença que ameniza o medo da morte.
Vamos lá, me digam quais são seus pensamentos e emoções nos momentos ociosos? Você se dá o tempo que alguns dizem ser necessário para relaxar e fazer algo prazeroso? Quando lê esse texto, automaticamente aceita ou rechaça pontos em comum com experiência de vida?
Quando não tem nenhuma atividade, amigo disponível, trabalho, programação cultural, companhia ou nada para fazer, já observou o que emerge de dentro de você com a ausência de estímulos externos?
Confie, qualquer que seja a emoção que sentiu, não é você. O julgamento sobre como está estruturada sua vida, não é você. Ser bom, responsável, generoso, antipático, orgulhoso, legal, simpático, tímido, saudável, doente, rico, pobre ou divertido, não é você. Imaginar que precisa mudar algo dentro de você, não é você, também.
Quem é você?
Nenhuma palavra vai definir quem é você porque o amor que somos está soterrado por conceitos, crenças e classificações que nos mantem presos na massa energética densa e alguns tentam amenizar o desconforto buscando o crescimento espiritual como meta para sair do buraco.
Somos amor e amor é unidade. Unidade é quando crenças não nos segregam em grupos, preconceitos não nos separam entre bons e maus, em pretos e brancos, em eruditos e ignorantes ou egoístas e bondosos.
Foram tantas mentiras que nos seduziram e com a nossa conivência passaram de geração a geração, como receitas para se alcançar uma boa vida. Protegidos pelas crenças, nem vislumbramos o amor que somos e não há milagres que virão nos salvar, seja novo ano, rituais, mensagens, sinais ou magias.
As crenças são todos os padrões que nos trouxeram até aqui em segurança, induzindo a mente a buscar fora toda a potência que está dentro de você mesmo. É um jogo energético pesado, por isso nos sentimos exauridos e confusos, frequentemente.
Feliz Ano Novo!
Essa frase é repetida há quase dois mil anos como mantra ocidental.
Se desejar bastasse, desejaria o milagre da iluminação para todos. O que basta é perceber que a nossa personalidade foi forjada nos estímulos externos e observar que manifestamos em palavras e ações as crenças que herdamos da tradição e cultura local.
Sinta e vibre amor, isso é você!
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Grata Fatima!
LUZ!
STELA
Palavras sábias de uma mente brilhante e um coração de ouro.
ResponderExcluirUm iluminado.