terça-feira, 14 de junho de 2011

A TERCEIRA INTELIGÊNCIA E OS 12 PRINCIPIOS DA INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL


A TERCEIRA INTELIGÊNCIA
Inteligência Espiritual





No iní­cio do século 20, o QI era a medida definitiva da inteligência humana.

Só em meados da década de 90, a "descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções."

A ciência começa o novo milenio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da inteligência espiritual.

Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios.

Drª DanaZohar - Oxford


No livro QS - Inteligência Espiritual, lançado no ano passado, a fí­sica e filósofa americana Dana Zohar aborda um tema tão novo quanto polêmico: a existência de um terceiro tipo de inteligência que aumenta os horizontes das pessoas, torna-as mais criativas e se manifesta em sua necessidade de encontrar um significado para a vida.

Ela baseia seu trabalho sobre Quociente Espiritual (QS) em pesquisas só há pouco divulgadas de cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas.

O assunto é tão atual que foi abordado em recentes reportagens de capa pelas revistas americanas Neewsweek e Fortune.

Afirma Dana:

"A inteligência espiritual coletiva é baixa na sociedade moderna. Vivemos numa cultura espiritualmente estúpida, mas podemos agir para elevar nosso quociente espiritual".

Aos 57 anos, Dana vive na Inglaterra com o marido, o psiquiatra Ian Marshall, co-autor do livro, e com dois filhos adolescentes.

Formada em fí­sica pela Universidade de Harvard, com pós-graduação no Massachusetts Institute of Tecnology (MIT), ela atualmente leciona na universidade inglesa de Oxford.

É autora de outros oito livros, entre eles, O Ser Quântico e A Sociedade Quântica, já traduzidos para o português.

QS - Inteligência Espiritual já foi editado em 27 idiomas, incluindo o português (no Brasil, pela Record).

Dana tem sido procurada por grandes companhias interessadas em desenvolver o quociente espiritual de seus funcionários e dar mais sentido ao seu trabalho.

Ela falou à EXAME em Porto Alegre durante o 300º Congresso Mundial de Treinamento e Desenvolvimento da International Federation of Training and Development Organization (IFTDO), organização fundada na Suécia, em 1971, que representa 1 milhão de especialistas em treinamento em todo o mundo.

Eis os principais trechos da entrevista:

O que é inteligência espiritual?

É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos.

Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal.

O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor.

O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.

De que modo essas pesquisas confirmam suas ideias sobre a terceira inteligência?

Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas.

É uma área ligada à experência espiritual.

Tudo que influencia a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais.

Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual.

Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afectado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional.

Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.

Qual a diferença entre QE e QS?

É o poder transformador.

A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação.

A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação.

Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções.

Inteligência espiritual fala da alma.

O quociente espiritual tem a ver com o que algo significa para mim, e não apenas como as coisas afectam minha emoção e como eu reajo a isso.

A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade.

Dana Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes.

Segundo ela, essas pessoas:

1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo

2. São levadas por valores. São idealistas

3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade

4. São holísticas (adj. Relativo a holismo, que busca tudo abranger, que é totalizante )

5. Celebram a diversidade

6. Têm independência

7. Perguntam sempre "por quê?"

8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo

9. Têm espontaneidade

10.Têm compaixão


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Texto enviado por Nice
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Os 12 princípios da Inteligência Espiritual



Danah Zohar. Formada pelo MIT – Massachusetts Institute of Technology, dá aulas sobre liderança em Oxford, na Inglaterra, e escreve livros sobre física quântica – alguns já publicados no Brasil (clique aqui para vê-los). Deu uma “aula” estimulante não sobre ecologia, mas sobre inteligência espiritual – tão necessária para que a as ações pelo meio ambiente encontrem eco em toda a sociedade.

“Inteligência espiritual tem a ver com o que eu sou, com os meus valores”, lembra a pensadora, que avisa: precisamos alimentar essa inteligência para motivar a cooperação – entre a família, a comunidade, os países. Só assim vamos encontrar soluções positivas para o planeta, e nos encontrar nessa busca também.

Acompanhe o que Danah expôs sobre os princípios da inteligência espiritual – e motive-se!

1.Tenha pensamentos positivos, sempre. Não pense como vítima das circusntâncias, pense que sofrer é uma oportunidade de ser forte. “A crise econômica atual” é uma oportunidade de pensar nossos valores”, lembra Danah.

2. Descubra quem você é. O que me faz levantar de manhã? Para que eu vivo, por o que daria minha vida? O que me motiva para fazer coisas todos os dias? Quem eu sou realmente? Comprar, trabalhar, sair com os amigos faz parte de nosso universo, mas o “ser” é mais do que isso. Quando eu digo “minha vida é minha oração”, significa saber que minha vida é um presente de Deus e que precisamos fazer a diferença nesse planeta.

3. Tenha humildade. Precisamos saber que o que fazemos parte de um sistema, e que precisamos prestar atenção nos outros, lembrando que existem diversos pontos-de-vista – não o seu, unicamente.

4. Viva a compaixão. A origem dessa palavra significa “sentir com”. Sentir a dor do outro como se fosse a sua dor. “Eu não somente cuido dos pobres, eu sou pobre. “O planeta é parte de mim – nascemos quando o Big Bang surgiu”. Lembre-se sempre: eu sinto que sou você, e que você sou eu.

5. Reveja seus valores. Precisamos pensar menos em “eu, mim” e mais em “nós, nossos”. E precisamos rever nossos valores para servir uns aos outros. Compo fazer isso? “Pergunte a você mesmo, qual é o melhor que você pode dar”, avisa a filósofa.

6. Viva o presente. Tire o peso do passado e das preocupações – e viva o agora!

7. Estamos conectados, e o jeito que vivo minha vida afeta a vida do outro. “Se me sinto negativo, espalho essa negatividade para minhas relações, minha comunidade. Mas se me sinto esperançosa e que posso fazer melhor, espalho essa atitude para as outras pessoas”.

8. Responda a uma questão fundamental: sempre perguntar porquê! Nós nos fechamos a verdade se não questionamos.

9. Mude a sua mente, seus paradigmas, e coloque seus pontos-de-vista sob uma nova perspectiva. Isso é muito necessário no meio empresarial, destacou Danah. “Precisamos de uma revolução do pensamento também nas lideranças e na educação”. Educação significa memorização, imposição? Ou é ajudar as crianças a fazerem boas perguntas? A mídia também precisa rever o seu papel e ajudar as pessoas a formarem consciência crítica.

10. Valorize seus princípios, mesmo que sejam impopulares. Entretanto, não seja arrogante de que está certo, mas questione-se. Escute os outros, mas veja o que você quer acreditar, para o que você quer lutar.

11. Celebre a diversidade. Isso não significa numa empresa, por exemplo, colocar uma mulher ou negro num cargo alto, mas construir um pensamento do que significa a diferença para você, e o que ela tem a te ensinar. Dizer “obrigada por ser diferente, por me fazer questionar a mim mesmo”.

12. Descubra a sua vocação, o seu propósito de vida e em como você pode fazer a a diferença. “Você não precisa ser o Gandhi ou o Barack Obama. Cozinhar um bolo pra sua família, um pai que vai brincar com seu filho, dando o seu melhor, é uma maneira de servir a humanidade com o melhor que temos”.

Para terminar, um recado aos educomunicadores e educadores em geral: “eu chamo a todos para a revolução não-violenta, onde as novas tecnologias podem mudar o mundo, sim, e que é preciso acreditar que você pode fazer a diferença”.


LUZ!
STELA

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