domingo, 12 de dezembro de 2021

DECODIFICANDO O TAO


DECODIFICANDO O TAO
Por Owen K. Waters
12 de Dezembro de 2021

Há muito tempo, na primeira vez que eu li o antigo Tao Te Ching (pronuncia-se “Dow Day Jing”), eu passei por tantas contradições aparentes que senti como se estivesse ficando vesgo com a confusão!

Eu não estive sozinho neste tipo de sentimento. Para a maioria das mentes ocidentais, a natureza do Tao é um grande mistério que faz pouco ou nenhum sentido óbvio. Eu me deparei com afirmações que sugeriam que o Tao foi manifestado como tudo no mundo e, no entanto, o Tao era nada e lugar nenhum.

Bem, o que é em toda parte ou em lugar nenhum?

O problema está com as limitações colocadas nos tradutores ocidentais, pois eles são parte de uma tradição cultural que raramente ensina que há um estado original de ser imutável e perfeito que está por trás até mesmo do Criador.

No século 6 A.C., diz-se que o sábio Lao Tse escreveu o Tao Te Ching, que se tornou essencial ao Taoísmo filosófico. A palavra Tao é geralmente interpretada como significando O Caminho, embora possa também significar O Princípio ou A Doutrina. Entretanto, nenhuma destas interpretações aborda a sua verdadeira natureza.

Lao Tse estava relutante até mesmo em dar nome ao Tao, pois ao lhe dar um nome enfraquecia o seu conceito básico de imutabilidade silenciosa, assim ele realmente preferiu se referir a ele como “o inominável”.

Há mais de 100 traduções do Tao Te Ching, em Inglês. Uma interpretação apta do significado do título é: “O livro do caminho do poder interior Divino”.

Os tradutores em Inglês se encontravam forçados além da tradução literal e na interpretação porque os caracteres escritos no Chinês original, com frequência, têm múltiplos significados e precisam ser distinguidos no contexto com outro. Por causa disto, a intenção original da mensagem pode nem mesmo ser imediatamente aparente.

Por exemplo, eles encontram traduções literais de frases como esta:

“Nome não eterno/nome imutável.”

É preciso uma compreensão do conceito, em primeiro lugar, antes que o significado se torne claro. Esta passagem aponta para o conceito de que o Tao é “o inominável” que abrange o universo, enquanto o próprio universo está cheio com que o Lao Tse, muitas vezes, refere-se como “as dez mil coisas”, ou as manifestações do Tao.

Damos nomes aos objetos no mundo material e aquilo que está além de todas as coisas é referido como “o inominável”.

O Tao, por definição, existiu antes do Céu e da Terra. É dito como sem forma, imóvel e imutável. É a coisa maior do que a coisa mais ampla e está dentro do menor objeto.

A parte que realmente surpreende os tradutores ocidentais é a ideia de que o Tao é simultânea e perfeitamente imóvel e, no entanto, está em constante movimento.

Na cultura ocidental, falta-nos geralmente uma apreciação da natureza original de Deus como um ser imutável. Em nossa cultura orientada para a ação, pensamos no Criador como o Deus Único. Normalmente, a menos que você estudasse as filosofias orientais ou alguns ramos da metafísica, então, você nunca era informado do estado de ser que está por trás até mesmo do Criador.

O Tao é a consciência perfeita e imutável que está por trás de todas as coisas. O Tao é o estado de ser puro e tranquilo, e formou o Criador como o aspecto de si mesmo que experienciaria a mudança.

O Taoísmo não está sozinho ao estudar o estado de ser original, imutável por trás de todas as coisas. O mesmo conceito aparece no Hinduísmo, como o silencioso Brahman, ou a Divindade, por trás da Trindade criativa de Brahma, Vishnu e Shiva.

O Capítulo 42 do Tao Te Ching dá a versão Taoísta:

O Tao produziu o Um.

Um produziu Dois

Dois produziu Três.

Três produziu todas as coisas.

Isto significa que o ser imutável produziu o Criador. Este aspecto, então, viu que era necessário (usando a terminologia do Gênesis) dividir as “águas” de sua consciência em dois aspectos. Estes aspectos diferentes e complementares foram os princípios do pensamento e do sentimento.

Um terceiro aspecto foi ainda necessário, que foi o princípio do movimento, que permitiu o comando: “Que haja a Luz” para criar o padrão original do universo. Os três aspectos da natureza trina do Criador, então, funcionaram em harmonia para criar o universo e todos os materiais dentro dele.

Estudantes da metafísica moderna estão familiarizados com o conceito de um estado de ser que está por trás de todas as coisas. Tem sido referido como O Absoluto, a Presença Eu Sou e Tudo O Que É, que está por trás de todas as coisas. Minha própria escolha das palavras é Ser Infinito. Todos estes termos se referem ao mesmo estado de ser perfeito e imutável, que está por trás de tudo.

O universo existe no campo da consciência silenciosa do Ser Infinito, assim a sua essência está em tudo no mundo. Esta existência silenciosa é o estado fundamental da consciência por trás de toda a vida. Por causa de sua natureza silenciosa e imóvel, ela poderia ser referida como “nada e lugar algum”, pelo menos ao nosso sentido físico de consciência.

O Criador e a sua criação existem no Ser Infinito. Portanto, o Ser Infinito está em todas as coisas. O imutável está em tudo, no mundo mutável. No entanto, os nossos sentidos físicos nunca irão detectar esta unidade subjacente e imutável. É somente ao desenvolver uma conexão interior que descobriremos aquilo que está por trás de todas as coisas.

O Tao é manifestado como tudo e, no entanto, o Tao, no mundo dos sentidos materiais, aparece como nada e lugar nenhum. Assim, a mensagem do Tao Te Ching é desenvolver uma conexão interior com aquilo que é real e, então, o mundo manifesto – este mundo que é irreal em comparação – começa a fazer sentido.

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Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br


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