DEIXEM AS ESTAÇÕES SEREM O QUE SÃO

DEIXEM AS ESTAÇÕES SEREM O QUE SÃO
Maya
Canalizada por Octavia Vasile

Meus queridos terráqueos… vocês precisam parar de tratar o verão e o inverno como gêmeos idênticos que simplesmente trocaram de casacos.

Eles não são a mesma coisa! Tentar viver o mesmo estilo de vida em julho e em janeiro é como tentar tomar sol em um boneco de neve ou tricotar um cachecol para o sol. Simplesmente não funciona.

Seus corpos são criaturas sazonais. Seu metabolismo não é uma máquina com um único botão que diz 'ligar'. No inverno, todo o seu sistema sussurra naturalmente: 'Desacelere, abrace, respire fundo, conserve'. E no verão, ele grita: 'Expanda! Movimente-se! Brilhe! Vire um tomate se quiser!'

Mas é aqui que a verdadeira comédia começa:

Em seu planeta, os humanos inventaram essa estranha prática de viver em uma bolha de 23 graus de eterna primavera, como se seus apartamentos fossem pequenas naves espaciais com temperatura controlada, projetadas para protegê-los da ideia escandalosa de que as estações do ano existem.

Deixe-me ser clara: seu sistema imunológico é um instrumento, não um turista confuso. E toda vez que você pula de uma sala de estar a 23°C para uma -5°C lá fora, pensa:

"COMO ASSIM? Será que acabamos de nos teletransportar para outra dimensão sem autorização?"

E então entra em pânico, porque o corpo humano nunca foi projetado para choques térmicos maiores que 6 graus. Acima disso, suas células começam a acenar pequenas bandeiras brancas.

Mas quando você se adapta às estações do ano, algo mágico acontece.

Seu metabolismo se alinha.

Seu sistema nervoso se acalma.

Seu sistema imunológico para de gritar com você.

Sua consciência se expande porque sua biologia finalmente deixa de estar no modo de sobrevivência e entra no modo observador, criativo e cósmico.

Agora, sobre a terapia com água fria…

Ah, eu adoro essa. Vocês, humanos, redescobriram uma de suas mais antigas melhorias inatas. Seu DNA foi projetado para a oscilação natural entre o quente e o frio. Não para viver em uma caixa quente durante todo o inverno e depois reclamar que seu corpo “é sensível”. Sensível a quê? À vida?

Quando você se expõe gradualmente ao frio, seu corpo se lembra de suas configurações superiores. Ele ativa programas antigos, como:

“Ah, sim, o humano original… o adaptável… o selvagem… aquele que podia sentar-se à beira de um rio congelado e ter debates filosóficos com o vento.”

Da mesma forma, a exposição ao calor limpa seus canais energéticos. Seu sangue vibra. Suas células se expandem. Sua consciência se aguça como um cristal sob pressão.

Mas — e, por favor, leve isso a sério — isso só funciona gradualmente.

Pular em água gelada sem preparação é como tentar aprender a voar se atirando de um penhasco com a atitude de uma galinha determinada. Corajoso, sim. Eficaz, não.

Então, queridos, deixem o inverno ser inverno e o verão ser verão.

Parem de forçar sua biologia a agir como um estagiário confuso que não tem ideia de para qual estação foi contratado.

Deixem a temperatura da sua casa seguir a natureza mais de perto. Deixem o contraste fortalecer vocês, não chocar. Deixem seu metabolismo fazer sua dança sazonal. Deixem seu DNA se lembrar do que é capaz.

E o mais importante…

Pare de tentar ser a mesma pessoa o ano todo.
A natureza não é assim. Por que você deveria ser?

~ Maya

(Maya, sacudindo flocos de neve do cabelo e rindo do absurdo cósmico dos termostatos)

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