SENDO A PAZ

SENDO A PAZ
Por Ann Albers
13 de setembro de 2025

Olá a todos,

Não assisto ao noticiário, mas quando um grande acontecimento acontece, eu o sinto primeiro — e então alguém me conta. Foi o que aconteceu esta semana, quando o mundo assistiu a um jovem atirar em outro.

Foi horrível ver duas vidas destruídas em um instante. Os gritos de "Por quê?" surgiram, e ondas de devastação percorreram os corações daqueles que se importam com a gentileza.

Nada acontece no vácuo. Este foi mais um acontecimento que abalou profundamente as pessoas. E não importa com qual perspectiva você se identifique, acho que todos nós sabemos, em nossos corações, que a violência é errada.

No entanto, todos nós, sem exceção, já participamos dessa vibração em algum momento. Não conheci uma alma que não tenha explodido de raiva pelo menos uma vez — inclusive eu.

Ultimamente, muitas almas gentis e empáticas confessaram que se sentem nervosas, menos tolerantes e propensas a explosões de raiva. Eu também tive que vigiar meus pensamentos com cuidado.

Há uma energia nos tentando a nos afastar do amor — assim como Darth Vader tentou Luke a "usar sua raiva" e se juntar ao "lado negro da força". Não desista quando puder evitar.

Um acesso de raiva é uma resposta humana bastante normal a algo que nos tira do nosso próprio alinhamento. Mas a raiva persistente não é natural e vai contra a nossa essência. Se você alguma vez se sentir preso a ela, interrompa o padrão: tire uma soneca, mexa o corpo, encare uma tarefa que exija foco.

Anos atrás, me assustei e me livrei de uma perturbação mental pulando na minha piscina no inverno, completamente vestida. Funcionou — mas eu não recomendo! Eu não tomava banhos de gelo naquela época, então tremi desconfortavelmente por uma hora enquanto contemplava como havia me permitido entrar naquele estado.

Interromper seu padrão não precisa ser tão dramático. É melhor tirar uma soneca, ouvir uma música, se exercitar, socar travesseiros ou fazer algo construtivo para queimar a raiva ou se distrair dela.

Nunca esquecerei um acesso de raiva que ocorreu há 40 anos e a maneira bem-humorada com que lidei com isso! Eu era recém-noiva e muito católica. Eu disse aos amigos do meu noivo, que estavam planejando a despedida de solteiro, que eu estava de boa com tudo, menos strippers.

"Ah, não, não se preocupe", eles me tranquilizaram. Então, quando meu amado noivo foi deixado depois da festa — bêbado, com cara de culpado e com uma fita azul amarrada na calça jeans, eu explodi em êxtase. Eu me enfureci e chorei. Dormi no sofá. Quase cancelei o casamento. Eu fui casta por 24 anos e agora isso?

Uma parte de mim sabia que eu estava justificadamente chateada. Ninguém gosta de ser enganado. Outra parte, menos racional, queria cometer um assassinato a machado. Eu precisava interromper a corrente de pensamentos, então intervim. Capinei o quintal inteiro. E não estamos falando de dentes-de-leão!

Peguei a enxada mais afiada da garagem e arranquei ervas daninhas de um metro e vinte, arbustos de creosoto e outras plantas do deserto conhecidas por sua tenacidade na terra. No final do dia, eu estava exausta, mas calma o suficiente para "dialogar sobre as diferenças". Ele não sabia o que os amigos estavam fazendo e, como eles dirigiam, não tinha escapatória. A comunicação nos levou de volta ao amor.

Hoje, décadas depois, aprendi a me manter firme diante da raiva. Quando confrontada por pessoas tentando me intimidar ou manipular, mantenho a calma, pergunto se elas já terminaram e não deixo que a chateação delas me contagie. Eu sou a rocha que não rola e um espelho brilhante que permite que eles se vejam com mais clareza.

Quando consigo, imagino o amor fluindo através de mim para eles. Quando não consigo, simplesmente permaneço na minha própria luz. Passei a entender o que os anjos sempre ensinaram: é muito mais gentil conosco não dançar com a escuridão e, em vez disso, fluir o amor ou falar na luz.

Aqui estão algumas dicas para dissipar a raiva sem reprimi-la:

1. Reconheça seus sentimentos.

Não adianta fingir que não está chateado quando está. Não adianta se julgar por isso, desejar sentir-se diferente ou se sentir errado.

Em vez disso, assuma: "Estou com raiva. Estou chateado. Sinto-me vitimizado." Então respire. Lembre-se de que este incidente é apenas um momento em uma vida muito maior. Não se julgue por estar chateado.

Faça as pazes com o seu ser humano.

2. Encontre uma válvula de escape saudável

A raiva é uma energia poderosa que requer liberação... ou uma forte capacidade de se reorientar.

Se você puder mudar sua mente para algo melhor e se livrar da raiva, faça isso. Se não conseguir, no entanto, ame-se o suficiente para encontrar uma maneira saudável de liberá-la.

Você pode socar travesseiros, passar aspirador de pó com veemência, se exercitar, caminhar vigorosamente, cantar alto, tocar música ou criar poesia ou arte catártica. Você pode escrever em um diário ou escrever as cartas que nunca enviaria e depois destruí-las.

Você pode despejar a energia reprimida em um projeto. Limpe a gaveta de tralhas. Limpe o armário. Organize sua caixa de entrada ou faça jardinagem. Minha mãe costumava fazer pão caseiro e batê-lo vigorosamente no balcão quando estava chateada!

Seja como for, encontre uma maneira saudável e não prejudicial de liberar a energia.

3. Trate-se com gentileza

A raiva parece uma tempestade devastando seu corpo e mente. Ela libera uma torrente de substâncias químicas em seu organismo. Depois que ela passa, você pode se sentir esgotado ou indisposto.

Este é o momento de tratar a si mesmo e ao seu corpo com gentileza. Hidrate-se. Tome um banho de banheira com sais de Epsom, ou uma chuveirada, e imagine-se lavando e enviando a energia densa pelo ralo. Vista algo aconchegante.

Ao se nutrir, você neutraliza os efeitos da tempestade passageira e retorna mais rapidamente ao amor-próprio.

Somente após retornarmos ao nosso centro amoroso, podemos nos comunicar de forma eficaz e gentil, ou nos tornar parte da paz por meio de nossas orações.

Nossas diferenças deveriam fazer parte da vida na Terra. As batalhas sobre o "certo" e o "errado" levaram a uma violência impensável. No entanto, cada vez mais pessoas estão percebendo que não somos apenas liberais ou conservadores, de uma raça ou de outra, de um sistema de crenças ou de outro. Em nossa essência, somos seres humanos.

Falo com pessoas de tantas crenças e convicções diferentes e, no fundo, todos nós queremos as mesmas coisas. Todos nós queremos nos sentir seguros, abundantes, amados e bem conosco mesmos. Alguns "lutarão pelo amor" ou "lutarão pelo que é certo", mas essas batalhas não podem ser vencidas se nos envolvermos nas energias mais densas que as inspiram.

Podemos ser a luz que torna a escuridão impotente. Pois na presença da luz pura, não há escuridão; no amor puro, não há ódio; e na paz poderosa, não há vibração sustentável de guerra ou violência. Que todos os seres conheçam essa paz.

Desejo a vocês uma semana de gentileza,

Amor,

~ Ann

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